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sexta-feira, 3 de maio de 2013

PECUARISTA DENUNCIADO POR COMPRA ILEGAL DE LOTE


Área pertencente a União foi vendida a José Rodrigues por uma cartorária de Marabá

O pecuarista José Rodrigues, apontado pela polícia do Pará como o mandante do duplo homicídio do casal de ambientalistas José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, foi denunciado esta semana pelo Ministério Público Federal pela compra do lote situado no assentamento Praialta Piranheira, na zona rural do município de Nova Ipixuna. A invasão do lote por uma família de agricultores teria sido o motivo pelo qual o pecuarista teria ordenado a execução do casal de ambientalistas. José Rodrigues foi absolvido da acusação de mandante do crime em um julgamento que revoltou entidades, movimentos sociais e a anistia internacional, que acompanham o caso.

O Ministério Público e a acusação recorreram em instância superior pedindo a anulação do julgamento. Na denúncia apresentada a justiça federal, o MPF alega que José Claudio comprou o lote da cartorária de Marabá, Neusa Santis, sendo que as terras pertencem a União. De acordo com as investigações da Polícia, o lote comprado por José Rodrigues já estava ocupado por uma família de agricultores, sendo que o pecuarista expulsou os mesmos da área.

Inconformados, os agricultores procuraram o casal de ambientalistas José Claudio e Maria do Espírito Santo, sendo que estes ordenaram que a família voltasse para o lote, fator que despertou a ira de José Rodrigues, que jurou vingança. Em maio de 2011, o casal foi vítima de tocaia em uma estrada vicinal quando retornavam da cidade de Nova Ipixuna. Eles foram mortos com vários tiros, sendo que José Claudio teve uma orelha cortada.

De acordo com as investigações da polícia, os autores do duplo homicídio foram Lindonjonson Silva Rocha, (irmão de José Rodrigues) e Alberto Lopes do Nascimento. Na sessão do Tribunal do Jurí realizada no dia 04 de abril deste ano, os dois foram condenados pela autoria do crime, sendo que os jurados inocentaram José Rodrigues por entenderem que não haviam provas contra o pecuarista.


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