A denúncia é de 2010 e ocorreu após a operação Alvorecer, deflagrada
pela Polícia Federal no Pará. Segundo a relatora do processo, juíza Eva do
Amaral, a investigação policial utilizou interceptação telefônica - autorizada
pela Justiça Federal - para concluir crimes eleitorais que englobam abuso de
poder político e compra de votos.
Ainda de acordo com a juíza, o parlamentar poderá recorrer da decisão ao
TRE do Pará e posteriormente em outras esferas da justiça eleitoral, se
necessário.
Outro lado
O parlamentar classificou a decisão do TRE-PA como 'absurda'. 'Há no
processo uma declaração do delegado afirmando textualmente que não há provas de
compra de voto', afirmou Puty.
O deputado informou que ainda não foi notificado de decisão judicial.
Puty disse também que recorrerá da decisão ao TSE. 'A vida segue, estou
tranquilo e continuo defendendo os interesses do Pará', finalizou.
Relembre a operação
Alvorecer
A operação Alvorecer foi realizada em dezembro de 2010 pela Polícia Federal, em Belém e Marabá, e investigou o comércio ilegal de madeira e fraudes na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Na época foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e quatro pessoas foram presas, segundo a Polícia Federal.
A operação Alvorecer foi realizada em dezembro de 2010 pela Polícia Federal, em Belém e Marabá, e investigou o comércio ilegal de madeira e fraudes na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Na época foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e quatro pessoas foram presas, segundo a Polícia Federal.
Entre os presos estavam funcionários da Sema, um despachante e um
vereador em Marabá. A ação foi um desdobramento da operação Delta, realizada em
março do mesmo ano, para combate ao desmatamento e ao comércio ilegal de
madeira na região metropolitana de Belém. Na ocasião foi constatada a
participação de servidores da Sema em uma rede de corrupção.
De acordo com a
Polícia Federal, o esquema consistia na aprovação ilegal de vistorias e
licenças para exploração de madeira e planos de manejo. Havia pagamento de
propina por madeireiros a servidores de diversos departamentos da secretaria.
O crime acontecia de duas formas: primeiramente
funcionários considerados subalternos recebiam valores para desempenhar atos ou
dar agilidade à tramitação de processos. Em outra frente, funcionários do alto
escalão da secretaria cobravam um percentual do valor total dos planos de
manejo florestal para aprová-los.
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