Cerca de 150 participantes deram contribuições para definir as
diretrizes da política estadual de extração mineral.
O
Município de Paragominas sediou, ontem, a 9ª Oficina do Plano de Mineração do
Estado do Pará 2013/ 2030. A oficina foi aberta pelo presidente da Fundação
Cultural do Pará Tancredo Neves, Nilson Chaves, que falou sobre a importância dos movimentos
culturais nacionais para o fortalecimento da identidade regional e para o
desenvolvimento social.
Chaves
mostrou ainda como a cultura, ao longo das últimas décadas, formou identidades
e esteve ligada ao desenvolvimento regional, em movimentos como a Tropicália,
na Bahia, e o Manguebeat, em Pernambuco, entre outros. Em relação ao Pará, ele
destacou todo o potencial na música, fotografia, gastronomia e cinema, dando
ênfase especial aos cantores paraense que ganham hoje destaque na mídia
nacional graças ao evento Terruá Pará.
Segundo a
secretária adjunta da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração
(Seicom), Maria Amélia Enriquez, a ideia é apresentar às mineradoras a política
do governo para a cultura e outras áreas. “Muitas vezes uma empresa traz seus
próprios projetos, que não têm aderência na realidade local. Elas precisam,
então, conhecer as políticas públicas do Estado nessa área”, afirmou.
Além de
Nilson Chaves, a oficina teve palestras de técnicos da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente (Sema) e Seicom e da empresa Simineral Hydro, que explora a
bauxita em Paragominas. O professor Elimar Pinheiro do Nascimento, da
Universidade de Brasília (UnB), falou sobre desenvolvimento sustentável e
exaltou a iniciativa do governo. “Demonstra o cuidado e preocupação com a
responsabilidade social, pois a mineração é uma atividade de impacto ambiental
e social e precisa de ações de sustentabilidade para trazer benefícios à
população”, ressaltou.
O
secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney
Rosa, que também é ex-prefeito de Paragominas, falou da política do governo
para o setor mineral. “O governo recriou a Seicom, criou a taxa de extração
mineral, que a mantém, e agora está formulando o Plano Estadual da Mineral.
Tudo isso porque entende a importância desse segmento para o desenvolvimento do
Estado e quer que essa atividade traga benefícios à população”, afirmou.
Durante a
tarde, os quase 150 participantes da oficina deram contribuições para o plano,
que deve ser entregue em outubro deste ano à população. Antes, porém, haverá
duas oficinas, em Santarém, e duas, em Belém, para as últimas contribuições ao
documento, que vai dar diretrizes à política estadual de extração mineral.
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