O animal, de 1,80m, recebeu alta após cinco meses de
tratamento e recuperação na área de quarentena do Parque.
A equipe do Parque Zoobotânico Vale (PZV) e o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fizeram a
devolução de uma sucuri (Eunectes
murinus) à natureza. O animal, de 1,80m, recebeu alta após cinco
meses de tratamento e recuperação na área de quarentena do Parque. O local
escolhido foi o Igarapé Águas Claras, que fica numa região central da Floresta
Nacional de Carajás, por ser considerado mais adequado ao porte e
características gerais do espécime.
A sucuri foi encaminhada ao PZV em agosto do ano passado, pelo ICMBio,
com ferimentos causados após engolir um anzol nos arredores de Parauapebas
(PA). A serpente passou por uma cirurgia para retirar o objeto, que estava
preso na região do esôfago. A operação foi bem sucedida e, desde então, o
espécime ficou sob cuidados veterinários no Parque. As sucuris são serpentes da
família Boidae, de hábitos aquáticos e de grande porte. As fêmeas são maiores
que os machos, atingindo maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há
muitos contos sobre ataques destas serpentes a seres humanos, no entanto, a
maioria dos casos é fantasiosa, principalmente no que se diz respeito ao seu
tamanho real.
A maior sucuri da qual se tem relato, foi um exemplar de Eunectes murinus encontrado no início
do século XX pelo marechal Cândido Rondon que, segundo a fonte, media 11,5m.
Contudo, a maioria das grandes sucuris apresenta de 5 a 6 metros de
comprimento. Inaugurado em março de 1985, o Parque ocupa uma área na Floresta
Amazônica de 30 hectares, localizada no coração da Floresta Nacional de
Carajás, Unidade de Conservação Federal preservada e fiscalizada pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Vale.
O Parque é mantido e administrado pela Vale e conta com veterinário,
biólogo, identificador botânico, técnicos em meio ambiente, técnico em
enfermagem, tratadores e equipe administrativa. Dos 30 hectares que
ocupa apenas 30% foram utilizados para a construção de recintos e área de
apoio. O restante é floresta nativa.
O Parque mantém atualmente um plantel de mais de 270 animais nativos
da região amazônica. Entre as espécies existem algumas ameaçadas de extinção,
como onça-pintada, arara azul grande, ararajuba, macaco-aranha-da-testa-branca
e macaco cuxiú. O Parque contribui na conservação das espécies,
servindo como estoque genético e formando profissionais especializados para
trabalhar em benefício da fauna e da flora do Brasil.
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