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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

PREFEITO DENUNCIA DESVIO DE 17 MILHÕES


Dinheiro foi depositado nas contas da Secretaria de Educação de Marabá na gestão de Maurinho Magalhães.

O prefeito de Marabá, João Salame Neto, irá lançar ainda esta semana um plano emergencial para enfrentar a profunda crise financeira que se instalou no município após a administração do ex-gestor Maurino Magalhães. A situação caótica atingiu até mesmo o calendário escolar da rede pública municipal, sendo que a Secretaria de Educação deverá anunciar ainda esta semana que as aulas só iniciarão no dia 04 de fevereiro e não na terça-feira, 15, como estava previsto. No setor de educação, dentre os inúmeros problemas a serem enfrentados pela nova administração estão o atraso do pagamento dos fornecedores de merenda, a insuficiência de produtos alimentícios nos depósitos da prefeitura, que ainda não realizou licitação para fornecimento da merenda.

A grande procura por matrículas na rede municipal é outro grande problema a ser resolvido pela nova gestão, sendo que as 95 escolas de Marabá não existem vagas suficientes. Por outro lado, em uma recente reunião realizada com sindicalistas do funcionalismo público, o prefeito João Salame denunciou o desvio de 17 milhões de reais que foram depositados pelo Governo Federal nas contas da Secretaria Municipal de Educação ainda na gestão de Maurino Magalhães.

Sobre os salários atrasados dos servidores, o prefeito disse que pagará o mês de janeiro até o dia 20 deste mês, e caso haja verba suficiente até o final do mês, pagará também o mês de dezembro para os educadores. Salame também garantiu que fará o pagamento do vale-transporte atrasado nesta quinta-feira, dia 10. Quanto ao vale-alimentação, o prefeito acordou com os sindicalistas que a prioridade serão os servidores de nível fundamental e médio, considerados os mais carentes. Como o atraso do vale chega até oito meses, Salame  advertiu que não garante quitar todos ao mesmo tempo, e que precisará fazer um acordo com alguns supermercados da cidade para abrir crédito.

Por outro lado, esta semana o prefeito João Salame está acompanhando de perto a operação de limpeza que está sendo realizada para recolher toda sujeira acumulada na cidade pela falta de coleta regular de lixo na gestão passada. Também está sendo feita a limpeza de bueiros, valas e de ruas que já estavam tomadas pelo mato. Segundo o secretário de Obras, Antônio de Pádua de Andrade, a operação deve durar pelo menos um mês.  No primeiro dia de ação foram retiradas 509 toneladas de lixo. Ao todo, 350 homens e 48 maquinários estão envolvidos na operação.

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