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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

MINERADORA E ICMBIO DOAM HARPIAS PARA PROGRAMA DE REPRODUÇÃO


Aves estavam no Parque Zoobotânico Vale (PZV) desde 2011, quando vieram encaminhadas pelo IBAMA, provenientes de apreensão em Tucuruí.   

Duas fêmeas de harpia foram enviadas ontem ao Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional (CASIB), localizado próximo à barragem da usina, no Estado do Paraná, onde é desenvolvido um projeto de reprodução de harpias. Elas estavam sob os cuidados da equipe técnica do Parque Zoobotânico Vale (PZV) desde 2011, quando vieram encaminhadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Marabá, provenientes de apreensão em Tucuruí, onde estavam sendo criadas por moradores. "As harpias chegaram com penas opacas e estavam muito magras, certamente devido à alimentação inadequada. Elas receberam ajuste nutricional, além de suplementação para recuperar a condição corporal", relata André Mourão, supervisor do Parque Zoobotânico da Vale.

De acordo com Mourão a prática de caça e criação de animais silvestres é bem comum e suas consequências são graves. "Ao criar um animal silvestre em cativeiro, a pessoa prejudica o meio ambiente e coloca em risco sua saúde. Há inúmeras doenças que podem ser transmitidas do animal para o homem e que, apenas com conhecimento técnico podem ser identificadas. No caso da harpia, ainda há o perigo de ataque, podendo gerar ferimentos graves em quem convive com ela", alerta. Também conhecida como gavião-real, a harpia é uma das maiores aves de rapina do planeta e chega a medir 2,5m de uma ponta a outra da asa. Devido à invasão das áreas onde vive, tornou-se raro na natureza.

O chefe da Floresta Nacional de Carajás, Frederico Drummond, explica que a ave está no topo da cadeia alimentar e desempenha papel ecológico importante no controle de espécies de mamíferos. "A sua presença indica que o ambiente está ecologicamente equilibrado, ou seja, sua preservação demonstra uma floresta preservada. Contudo, o desmatamento, a extração madeireira, a caça e a biopirataria prejudicam severamente esta espécie. Para reverter este quadro, toda estratégia para conservação da espécie é muito bem vinda", destaca Drummond. 

Mensalmente o Parque Zoobotânico Vale recebe em média oito animais provenientes de apreensões do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ou de entregas voluntárias feitas ao ICMBio no Pará. São mamíferos, répteis e aves, sendo estas as maiores vítimas de criadores e caçadores ilegais. A permuta com outros Parques já rendeu ao PZV grandes conquistas, como o caso da troca de um urubu-rei macho por uma fêmea do Paraná, o que possibilitou a reprodução em cativeiro dos casais de ambos os Estados em 2010.

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