Dívida deixada por Maurino Magalhães ultrapassa a cifra de R$ 50 milhões de reais.
Em uma reunião realizada na manhã de ontem com as coordenações dos sindicatos dos servidores Educação (Sintepp), Saúde (Sintesp) e do Município (Servimar), o prefeito de Marabá, João Salame Neto declarou que não vai permitir a farra de contrações de comissionados e que vai cortar na própria carne, se necessário, para equacionar as contas da prefeitura e manter a governabilidade. Ele garantiu aos sindicatos que vai pagar os salários atrasados e também o vale alimentação, mas ressaltou que vai fazer isso de forma escalonada para que não haja o engessamento da máquina e áreas essenciais sejam prejudicadas, como a saúde, por exemplo.
O gestor marabaense pediu aos sindicalistas que ajudem nesse momento, ressaltando que atitudes radicais podem comprometer a funcionalidade, se reportando a discussão quanto às ações judiciais que os sindicatos protocolaram na comarca de Marabá, pedindo o bloqueio das contas da prefeitura ainda na gestão passada. Ele observou que à época a atitude era necessária porque não havia qualquer manifestação do governo, “Sou aberto ao diálogo e quero resolver, junto com vocês, esses problemas. Por isso, peço que avaliem essa situação”, ressaltou Salame ante a informação dos sindicatos que a decisão da Justiça sobre o bloqueio pode sair a qualquer momento.
No geral, os sindicalistas entendem que a dívida deixada pela gestão passada é grande. Só com servidores somam quase R$ 50 milhões. Algumas situações requerem uma solução mais imediata, como é o caso do vale transporte. Alguns servidores já estão faltando serviço porque não têm como se locomover. Em comum acordo com os sindicatos ficou definido a liberação de uma parcela do benefício nesta quinta-feira, 10, já que existem duas atrasadas. No caso do vale alimentação, que já são oito meses atrasados, o prefeito sugeriu e todos concordaram que se faça uma parceria com os supermercados para liberar crédito aos servidores, dando preferência aos cargos de ensino fundamental e médio, que ganham menos. Quanto a Educação, ele garante que pagará já o mês de janeiro até o dia 20 e, que se os recursos que entrarem esse mês nas contas da prefeitura forem suficientes, ele pagará também o mês de dezembro.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, 14, para que seja discutido com mais detalhes, já com base nos números da arrecadação municipal, uma vez que os maiores volumes de recursos entram nas contas da prefeitura no dia 10 de cada mês. O prefeito informou ainda que nesta quarta-feira, 09, estará emitindo decreto suspendendo todos os patrocínios e convênios, por um período de 6 meses.
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