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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

PROFESSORA TEVE PEDIDO DE PROTEÇÃO NEGADO PELO GOVERNO FEDERAL


Laísa Sampaio teme ter o mesmo fim do casal de extrativistas assassinados em Nova Ipixuna.  

Citada no último relatório da Anistia Internacional sobre a situação dos defensores de direitos humanos na América Latina, a professora Laísa Santos Sampaio, ameaçada de morte por defender a Floresta Amazônica, ainda não conseguiu proteção do governo. Enquanto aguarda em Nova Ipixuna, teme ter o mesmo destino de sua irmã e de seu cunhado, assassinados por causa de disputas de terra na região.

Os extrativistas Maria do Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro foram mortos no ano passado, nessa mesma cidade. Laísa teve seu caso reavaliado pelo Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos, do governo federal – em uma análise preliminar, a proteção foi negada. Além da menção no relatório da Anistia Internacional, corre na internet uma petição pública para que ela receba proteção imediata. Dos cinco suspeitos da morte do casal, dois continuam soltos.

Em fevereiro, a professora recebeu em Nova York um prêmio póstumo oferecido pela ONU a seus familiares, que denunciavam o uso irregular de terra e o desmatamento na região do assentamento agroextrativista Praia Alta Piranheira, o primeiro do tipo no Pará. Desde então, mesmo ameaçada, Laísa dá aulas na escola local e mantém o Grupo de Trabalhadoras Artesanais Extrativistas, que produz fitocosméticos e fitoterápicos com óleo da andiroba.

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