Laísa Sampaio teme ter o mesmo fim do casal de
extrativistas assassinados em Nova Ipixuna.
Citada no último relatório
da Anistia Internacional sobre a situação dos defensores de direitos humanos na
América Latina, a professora Laísa Santos Sampaio, ameaçada de morte por
defender a Floresta Amazônica, ainda não conseguiu proteção do governo.
Enquanto aguarda em Nova Ipixuna, teme ter o mesmo destino de sua irmã e de seu
cunhado, assassinados por causa de disputas de terra na região.
Os extrativistas Maria do
Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro foram mortos no ano passado, nessa mesma
cidade. Laísa teve seu caso reavaliado pelo Programa de Proteção de Defensores
de Direitos Humanos, do governo federal – em uma análise preliminar, a proteção
foi negada. Além da menção no relatório da Anistia Internacional, corre na
internet uma petição pública para que ela receba proteção imediata. Dos cinco
suspeitos da morte do casal, dois continuam soltos.
Em fevereiro, a professora
recebeu em Nova York um prêmio póstumo oferecido pela ONU a seus familiares,
que denunciavam o uso irregular de terra e o desmatamento na região do assentamento
agroextrativista Praia Alta Piranheira, o primeiro do tipo no Pará. Desde
então, mesmo ameaçada, Laísa dá aulas na escola local e mantém o Grupo de
Trabalhadoras Artesanais Extrativistas, que produz fitocosméticos e
fitoterápicos com óleo da andiroba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário