Também constam quatro
processos junto ao INSS no valor R$ 50 milhões e dívidas de energia elétrica
equivalente a R$ 2,777 milhões.
Em
entrevista coletiva na manhã de ontem, no auditório da prefeitura de Marabá, o prefeito
João Salame Neto disse que as administrações anteriores mergulharam o
município em uma profunda calamidade. Na oportunidade, Salame fez o primeiro balanço da conjuntura
atual da administração municipal, apresentando as dificuldades financeiras e
também como deverá equacionar os problemas existentes, de acordo com as
conveniências e prioridades que cada caso requer. Além da quitação de salários
dos servidores públicos, correspondente a cerca de R$ 57,5 milhões, incluindo
encargos sociais, vale alimentação (R$ 8,551 milhões) e Vale-Transporte
atrasados, a atual administração também pretende priorizar o pagamento da Cooperativa dos
Anestesistas, no valor de R$ 336 mil, para que a categoria volte a dar suporte
às cirurgias hospitalares. “Como os servidores reclamam que a falta de
transporte para ir ao trabalho, foi autorizado hoje o pagamento de um mês de
vale-transporte”. Disse o gestor.
Também
constam quatro processos junto ao INSS no valor R$ 50 milhões; dívidas de
energia elétrica equivalente a R$ 2,777 milhões, sendo R$ 2,3 milhões
referentes à Secretaria de Saúde e unidades básicas. Na manhã de ontem, João
Salame autorizou o pagamento de R$ 24 mil da Casa do Estudante de Marabá, em
Belém, porque os estudantes estavam ameaçados de despejo. Há ainda dívidas
relativas à consignação com diversos bancos, cujo recurso foi descontado na
folha de pagamento e não repassado às instituições financeiras. No tocante a
essa questão, o prefeito disse que o crédito será retomado em breve no Banco do
Brasil e em seguida nas outras financeiras. As obras paralisadas, resultantes
de convênios, precisam hoje de R$ 2.336.000 para ser reiniciadas. “Vamos
avaliar cada caso e providenciar o pagamento o mais rápido possível porque
queremos essas obras concluídas”.
Segundo o
prefeito, existe também uma grande dívida com fornecedores, que ainda está em
análise. “Serão pagas somente aquelas empenhadas e com previsão de caixa. Quem
não se enquadrar nessa situação, que procure a Justiça”. Salame disse ainda que a administração anterior emitiu vários
cheques, de valores diversos, para pagamento de fornecedores no final do
governo. Ele suspendeu os pagamentos para análise e já liberou cerca de 80
deles, com valor de até R$ 8 mil. Os acima desse valor, dependendo da
avaliação, serão liberados paulatinamente.
De acordo
com o prefeito, existem débitos com apenas 11 empresas que equivalem a R$ 2,6
milhões. “Esse dinheiro poderia cobrir a folha de pagamento, exceto saúde e educação,
de um mês”, ressaltou o prefeito frisando que existem cerca de R$ 72 milhões a
receber em impostos atrasados e serão envidados esforços nesse sentido,
negociando com os devedores da administração municipal. Salame também adiantou
que agora todas as compras da prefeitura terão de ser licitadas.
O
prefeito lembrou ainda que com a exoneração de cargos em comissão, cerca de
900, foram economizados um milhão de reais, mesmo com as recentes nomeações:
“Ainda não nomeie 90 pessoas”. Além das exonerações, 72 funcionários cedidos
para órgãos públicos tiveram as GTI (Gratificação por Tempo Integral) cortadas.
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