Percentual
de criadouros do mosquito Aedes Aegypti nos imóveis fiscalizados foi menor que
o constatado em 2011.
A Secretaria Municipal da Saúde (Semsa) divulgou na
sexta-feira, 18, o índice de controle de infestação de dengue nos bairros da
cidade relativo ao ano de 2012. O percentual de criadouros do mosquito Aedes
Aegypti nos imóveis fiscalizados foi de 4.7% (menor que o constatado em 2011:
7.7%). Para chegar aos dados apresentados, a secretaria fez uso do novo sistema
de Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), do
Ministério da Saúde. A metodologia tem por objetivo identificar os criadouros
predominantes e a situação de infestação do município para direcionar as ações
de controle nas áreas mais críticas.
A Coordenadora de Vigilância Ambiental e Controle
de Endemias da Semsa, Núbia Lima, afirma que a diminuição no índice ocorreu
principalmente pela troca do larvicida usado no combate à dengue e pela
introdução do Dragnet, máquina de borrifação intradomiciliar. Além disso, a
realização de palestras, campanhas nos meios de comunicação e capacitação de
profissionais somados às parcerias com órgãos públicos e entidades
da sociedade civil organizada contribuíram para o resultado apresentado. Apesar
da diminuição no índice de infestação predial, ele ainda é considerado alto. A
escala utilizada pelo Ministério da Saúde estabelece que 1% seria satisfatório
e até 3.9% o município estaria em situação de alerta. Nesse caso específico,
Parauapebas foi classificada como área onde há risco de surto de dengue.
O Diretor de Vigilância em Saúde da Semsa, Marcelo
Monteiro, atribui parte do problema à falsa ideia que a população possui sobre
o popular “fumacê” (nebulização do inseticida de combate à doença). Segundo
ele, a maioria das pessoas acredita que o procedimento seja suficiente para
eliminar o mosquito, mas “o fumacê é apenas uma medida paliativa de combate à
dengue e elimina somente o mosquito adulto, deixando as larvas intactas”,
explica. Para a realização da pesquisa foram cadastrados 103.279 imóveis no
município no início de 2012, distribuídos em 62 bairros escolhidos pelo
Ministério da Saúde, que também contribuiu com verba para o projeto. Ocorreram
91.717 vistorias, no entanto os agentes encontraram 12.615 imóveis fechados e
39 proprietários se recusaram a passar pela vistoria. 10,14% dessas pendências
foram recuperadas posteriormente.
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