Fruto garante maior aproveitamento da polpa e tem mercado garantido no município.
Um projeto desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Paragominas, está constatando que o solo e o clima do município, aliados aos tratos culturais adequados, são propícios à produção de goiaba. Desenvolvida na propriedade do agricultor Gilson Gomes, o pomar com mil pés do fruto rendeu, já no primeiro mês de colheita, uma tonelada de frutos.
No plantio, que reaproveita uma área com solo em processo de degradação, foi adotada a tecnologia de irrigação, o que permite ao produtor colheita, mesmo no período de entressafra, como ocorre no momento. A goiaba da variedade pera vermelha, ideal para mesa e para a indústria, rende 30 quilos de fruto por pé, neste segundo ano do plantio, produtividade que segundo a Emater deve alcançar os 130 quilos quando o pomar atingir o quinto ano de plantio.
No processo de produção que se desenvolve, consorciado com o mamão, garantindo um incremento a mais na renda do agricultor, a Emater orienta o controle biológico de pragas e doenças. O método utiliza garrafas pet e suco de frutas para eliminar a mosca das frutas, um dos problemas que mais atinge os pomares hoje.
Para a garantia de melhor qualidade do fruto, o solo é corrigido com calcário, conforme indicado em análise realizada em laboratório, e recebe adubação orgânica. “Seguindo todas as orientações técnicas, aqui teremos pelo menos duas safras por ano, a intermediária e a natural”, disse Roberto Yanes, engenheiro agrônomo da Emater. Essa é a primeira vez que Paragominas produz goiaba, 100% do fruto consumido anteriormente no município era importado, inclusive do Nordeste do Brasil. “Tudo o que tenho produzido tem sido absorvido pelo mercado local, hoje comercializo o quilo da goiaba a dois reais”, informou o produtor. A goiaba pera, segundo a Emater, foi escolhida para o plantio porque garante maior aproveitamento da polpa e tem mercado garantido.
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