Um
mutirão realizado por consultores da Fiepa, mostra que a economia de Altamira
cresceu consideravelmente nos últimos anos a partir do início das obras da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte. Das 72 empresas visitadas recentemente no município,
50% iniciou suas atividades no ano de 2010. Esse dado mostra que a construção
da hidrelétrica de Belo Monte foi um fator decisivo para a instalação dessas
empresas no município. “Essas empresas se instalaram um ano antes da
implantação da Usina de Belo Monte, o que significa que o mercado está muito
aquecido e se preparando para atender novos empreendimentos”, comentou a
consultora Amanda Nascimento.
As
visitas foram realizadas pelos consultores da Fiepa/Redes durante o mutirão
entre os dias 16 e 20 de setembro. Nesse período, os empresários preencheram
diagnósticos para apresentar a realidade do seu empreendimento. Também foram
atualizadas as informações de empresas que já estão no banco de dados da Redes
e prospectadas empresas estratégicas para os projetos industriais do Estado. “O
mutirão foi essencial para o município para dimensionar os pontos fortes e
mitigar os pontos fracos das empresas da região. A partir disso, teremos um
direcionamento de qual estratégia vamos aplicar para que os gargalos sejam
sanados”, disse o consultor Eurípedes Amorim, responsável pelo polo Xingu.
O
segmento mais visitado foi o de comércio de peças para veículos leves e pesados
com um percentual de 18%. “No geral o setor de comércio é o mais expressivo na
cidade, representando mais de 50% das visitas, e que é característica de
municípios que não possuem o setor industrial expressivo”, comentou a
consultora Amanda. Das empresas, 74% são micro empresas e a maioria delas
possui gestão familiar. A maioria, 71%, não possui cadastro na Redes. “Esta
informação nos mostra que precisamos desenvolver mais os empresários da região
para que eles de fato possam absorver as demandas dos empreendimentos.
Percebemos também que a maioria das empresas que atendem o projeto da
hidrelétrica de Belo Monte são paraenses, mas não são de Altamira. Vamos
trabalhar para reverter esse quadro e internalizar a riqueza aqui na região”,
sinalizou Eurípedes.
O
trabalho da Redes na região foi possível devido ao convênio com a Norte
Energia, assinado em 5 de junho de 2012. Em um ano de trabalho, foram
realizadas 103 Rodadas de Negócios, 17 visitas técnicas, 84 cadastros de novos
fornecedores no banco de dados da Redes e 202 indicações de empresas
estratégicas para o projeto. “A Redes quando inicia um trabalho em uma região,
devido aos convênios, procura apoiar o desenvolvimento dos empresários através
do desenvolvimento do planejamento estratégico das associações comerciais, no
caso da região da Aciapa. Este planejamento contribui para que nosso trabalho
se torne mais dinâmico e seja feito em parceria com esse ator estratégico. O
segundo passo aqui em Altamira foi desmistificar algumas demandas do projeto. A
dinâmica da construção de uma hidrelétrica é diferente de outros projetos que
atuamos. O volume de material utilizado na obra é muito grande e eles são na
maioria de engenharia básica, como cimento, ferro e aço. Tivemos que conhecer
essa realidade para transmitir isso aos empresários. Nosso desafio é continuar
desenvolvendo o trabalho em parceria com a Norte Energia, com a Aciapa em prol
do desenvolvimento dos fornecedores da região contribuindo para a economia sustentável”,
sinalizou Marcel Souza, coordenador geral da Redes.
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