O trabalho
desenvolvido por juízes do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, durante
mutirão realizado na Vara Agrária de Marabá, no sudeste do Pará, foi elogiado
publicamente pelo juiz Rodrigo Rigamonte Fonseca. O reconhecimento aconteceu na
semana passada, durante o I Seminário Distrital de Mediação de Conflitos,
promovido pela Secretaria de Governo do Distrito Federal, em Brasília. Na
oportunidade, foram feitas referências ao Fórum de Assuntos Fundiários do
Conselho Nacional de Justiça.
Em seu
discurso, o coordenador do Comitê Executivo Nacional do Fórum e juiz auxiliar
da Presidência do CNJ, Rodrigo Rigamonte Fonseca, falou sobre a relevância da
mediação na solução de conflitos que envolvem a questão agrária e apresentou
resultados importantes registrados desde a criação do Fórum, no ano de 2009. O
seminário busca incentivar o uso da técnica na solução de conflitos no Distrito
Federal e vai capacitar 200 pessoas, entre policiais e líderes de movimentos
sociais urbanos e rurais, para resolver os problemas por meio de acordo.
Dentre as
autoridades presentes à reunião estavam o secretário de governo do Distrito
Federal, Gustavo Ponce e o ouvidor Agrário Nacional, Gercino José da Silva
Filho. “Agradeço a iniciativa para tornar a mediação de conflitos um alvo a ser
impregnado na sociedade, a ser tratado realmente como uma política de governo”,
ressaltou Rodrigo Rigamonte citando como exemplo o trabalho realizado em
parceria com a Vara Agrária da Comarca de Marabá, quando um mutirão solucionou,
por conciliação e mediação, todas as questões possessórias pendentes de
cumprimento. Ele lembrou, ainda, os trabalhos da Comissão sobre a Questão
Indígena em Mato Grosso do Sul, constituída no âmbito do Fórum de Assuntos
Fundiários e que, por mediação, levou à elaboração de um relatório com a
proposição de várias alternativas para a transferência de terras aos povos
indígenas naquele estado; proposições essas que, construídas pelas próprias
partes envolvidas – produtores rurais e comunidades indígenas –, vêm sendo
estudadas para efetiva adoção pelo governo federal.
Para o representante do CNJ no
seminário, não é suficiente garantir ao cidadão o direito de provocar o Poder
Judiciário, mas “é preciso garantir o acesso a uma tutela jurisdicional
adequada, célere e efetiva”, também por intermédio de outros meios de solução
pacífica de conflitos, “por meio de mecanismos diversos da vertente formal dos
órgãos jurisdicionais”, tais como a mediação e a conciliação.
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