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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

PROGRAMA PALEONTÓLOGICO INDENTIFICOU MILHARES DE FÓSSEIS EM BELO MONTE


Pelo menos duas espécies encontradas não foram identificadas no acervo científico mundial.

O Programa de Salvamento do Patrimônio Paleontológico da UHE Belo Monte já identificou centenas de fosseis, restos de plantas e sinais de vida passada, quando a área onde está sendo construída a Casa de Força Principal nada mais era do que um grande oceano. Os restos de peixes primitivos, corais, plantas, pegadas, túneis de animais que viviam abaixo do solo, conchas de animais marinhos diversificados datam de 420 milhões de anos atrás. Pelo menos duas espécies encontradas até agora não foram identificadas no acervo científico mundial.

A iniciativa de criar um programa específico para salvar e preservar o acervo paleontológico na área da UHE Belo Monte foi do governo brasileiro e da Norte Energia S.A., que incentiva e cumpre com os estudos de preservação previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA), dado o volume de detonação de rocha e escavação.

Toda retirada realizada no sítio Belo Monte, em parte do Travessão 27 – estrada que dá acesso aos canteiros de Canais e Pimental – e nos arredores de Altamira, mais precisamente à frente do Batalhão do Exército e próximo ao aeroporto, é acompanhada por um paleontólogo de empresa contratada da Norte Energia. Um deles é o coordenador do programa, Henrique Zimmermann Tomassi. “O material encontrado até agora é o suficiente para garantir, no mínimo, dez teses de doutorado”, comemora.

O trabalho começou em julho de 2011 e vai durar cinco anos. Todo material encontrado, inclusive as espécies possivelmente não catalogadas, será encaminhado para instituições de pesquisas. O mais provável é que o acervo seja entregue ao Museu Paraense Emílio Goeldi.

 

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