O município de Ourilândia do Norte, localizado na
região sul do Pará, é o município do estado que receberá a maior parcela do
ICMS Verde no próximo ano. A declaração foi feita pelo secretário Justiniano
Netto, coordenador do Programa Municípios Verdes, em visita à região juntamente
com a Caravana da Produção, realizada no final de agosto em 9 municípios do
estado. Dos R$ 35 milhões de reais do ICMS Verde que serão distribuídos em 2014
baseados em critérios ambientais, Ourilândia do Norte receberá cerca de R$ 700
mil reais.
O cálculo do repasse é feito de acordo com três
critérios: 50% do montante são divididos de acordo com a porcentagem de
propriedades rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR); 25% são para os
municípios que cumprem as metas de redução de desmatamento; e 25% para os
possuem Unidades de Conservação (UCs). Ourilândia já possui 83,1% de suas
propriedades inseridas no CAR e, em 2012, apresentou uma redução de 58% do
desmatamento em relação à média entre os anos de 2007 a 2011; e possui 85% de
áreas protegidas e 88% de cobertura vegetal. “Ourilândia está sendo premiada
por possuir uma grande área protegida e pelo avanço do CAR. Já possui cerca de
2 mil km² de áreas inseridas no cadastro. O ICMS Verde, no município, deve ser
destinado ao fortalecimento da gestão ambiental, como previsto na lei
estadual”, comenta Justiniano Netto.
Iniciativa do Governo do Estado lançada em junho
deste ano, o ICMS Verde inova usando a distribuição da arrecadação entre os
municípios como medida contra o desmatamento ilegal e o fortalecimento da
gestão e do ordenamento ambiental. Parte da arrecadação do Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será destinada aos municípios com
base em critérios ambientais. Do total da arrecadação com ICMS, 25% são
destinados aos municípios.
O decreto do governador Simão Jatene estabeleceu
que o ICMS Verde chegará a 8% destes 25% até 2016. “A implantação será
gradual. Vamos começar com 2% do total de repasse do ICMS - R$ 35 milhões - em
2013. A cada ano, a porcentagem aumentará, até chegar ao teto de 8%, em 2016,
distribuindo R$ 140 milhões conforme critérios ambientais”, explica Justiniano.
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