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quinta-feira, 13 de junho de 2013

IBAMA ASSINA LICENÇA DE OPERAÇÃO DE TRECHOS DO LINHÃO DE TUCURUÍ


Ao todo, a licença atinge 851 km de extensão. Um primeiro lote, de 506 km, atravessa seis municípios do Pará, a partir de Tucuruí.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinou ontem a licença de operação de dois trechos do linhão de Tucuruí. A autorização libera o início efetivo de energização e funcionamento da linha de transmissão. Ao todo, a licença atinge 851 km de extensão. Um primeiro lote, de 506 km, atravessa seis municípios do Pará, a partir de Tucuruí. Outro lote, de 345 km, parte de Jurupari, cortando mais sete municípios paraenses.

Com esses dois lotes, o linhão tem praticamente 100% de sua malha de alta tensão (500 kV) pronta para operar. Em março o Ibama já havia concedido licença de operação para o trecho de 558 quilômetros entre a cidade de Oriximiná (PA) e Engenheiro Lechuga (AM). Agora, falta apenas uma linha de baixa tensão (230kV) para ser emitida pelo órgão ambiental.

A linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus vai permitir a integração do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), malha que conecta a transmissão de energia do país. Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão total em tensões de 500 e 230 kV em circuito duplo, o linhão passa por trechos densos de florestas e cruza o rio Amazonas. A malha vai distribuir a energia gerada pela usina hidrelétrica de Tucuruí, instalada no rio Tocantins, no município de Tucuruí, a 300 km de Belém. A capacidade instalada da usina é de 8.370 megawatts, o que faz dela a segunda maior hidrelétrica do país, só atrás da binacional Itaipu.

Ao todo, o linhão de Tucuruí tem previsão de receber investimentos de R$ 3,5 bilhões. A malha entra em operação com atraso. Leiloado em 2008, o linhão que corta a região Norte do país enfrentou uma série de dificuldades de licenciamento, o que fez o seu cronograma de entrega ser alterado, inicialmente, de outubro de 2011 para dezembro de 2012.

O fato de cortar unidades de conservação ambiental na Amazônia exigiu que boa parte das torres de transmissão fosse transportada por helicópteros. Para cruzar o rio Amazonas, foram usadas torres de até 280 metros de altura, quando tamanho médio dessa estrutura gira entre 80 e 100 metros.


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