Cristina Malcher
argumenta que nova rota irá reduzir em cerca de 30 a 40 milhões o custo da obra
e amenizar impactos ambientais.
A
Prefeita de Rondon do Pará, Cristina Malcher, solicitou formalmente aos
diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, um novo traçado da
Ferrovia Norte e Sul, colocando o município de Rondon na rota do projeto
ferroviário que irá passar por 9 municípios paraenses. A gestora apresentou a
proposta na tarde desta quinta-feira, 14, no Centro de Convenções e Feiras da
Amazônia– Hangar, na primeira reunião sobre a construção do trecho da ferrovia
Norte-Sul que vai ligar o município de Açailândia, no Maranhão, ao Porto de
Vila do Conde, em Barcarena.
A
reunião, que foi conduzida por representantes do Governo Federal, através da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), contou com a participação do
senador Flexa Ribeiro, do governador em exercício, Helenilson Pontes, do
presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), dos prefeitos
de Paragominas, Paulo Tocantins e de Barcarena, Antonio Carlos Villaça, dentre
outras autoridades e sociedade civil.
Na
oportunidade, a Prefeita Cristina Malcher fez sua explanação referente ao atual
projeto, que em princípio cruzará os municípios de Açailândia e Itinga, no
Maranhão, Dom Eliseu, Ulianópolis, Paragominas, Ipixuna do Pará, Tomé-Açu,
Acará, Abaetetuba, Moju e Barcarena, no Pará. A prefeita frisou a importância
na mudança do projeto, de acordo com um estudo feito pela empresa
Votorantim. “Precisamos de alternativas
para o escoamento da produção das regiões Sul e Sudeste do Estado do Pará não
só para beneficiar a Alumina Rondon, mas também os setores da pecuária que é
muito forte e a agricultura, com a expansão da soja e do milho” explica a
prefeita, que reforça que a sua preocupação não é apenas com o seu município e
sim com toda região atendida pela Associação dos Municípios do Araguaia,
Tocantins e Carajás (AMAT).
No
encontro, a gestora disse que o novo traçado, que visa a construção de um
terminal intermodal em Rondon do Pará, proposto através de um amplo estudo
técnico feito pela empresa Votorantim, “vai reduzir em cerca de 30 a 40 milhões
o valor do custo da construção da ferrovia, já que vai diminuir em 19 km de
extensão, além de amenizar os impactos ambientais na área por onde passará, já
que não vai passar por áreas indígenas e quilombolas”. De acordo com os
representantes da ANTT todas as propostas e questionamentos protocolados serão
avaliados pelos técnicos e passarão por uma análise de viabilidade.
O Projeto da Ferrovia Norte e Sul foi idealizado com
o propósito de ampliar e integrar o sistema ferroviário nacional e estabelecer
a sua interligação com o Complexo Ferroviário de Vila do Conde, localizada em
posição estratégica em relação aos portos da Europa e da costa leste da América
do Norte. A ligação ferroviária entre Açailândia, no Maranhão, e o Porto de
Vila do Conde, em Barcarena, terá 477 km de extensão e passará por 11
municípios, nos estados do Maranhão e Pará, onde vivem quase 800 mil
habitantes, segundo o Censo do IBGE 2010. Futuramente, a ferrovia funcionará
como extensão da ferrovia Norte e Sul, permitindo a interligação entre a região
norte e os portos de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Santos, em São Paulo e
Itaguai, no Rio de Janeiro.
A concessionária deverá concluir os trabalhos de
implantação do projeto no prazo de quatro anos, contados da data da assinatura
do contrato. O prazo da concessão será de 35 anos, sendo 4 destinados a
implantação do projeto e 31 destinados a operação da linha. A obra prevê um
investimento em torno de 2,6 bilhões de reais.
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