A expectativa é que, em 12 meses, sejam retirados de seis
tanques escavados, cerca de cinco toneladas do pescado.
No
município de São Felix do Xingu, sul do estado, a família do agricultor
familiar Antônio Paixão, com o apoio dos técnicos da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), estão diversificando a
atividade. Da pecuária leiteira, agora eles investem na piscicultura. Na última
sexta-feira, 01 de março, técnicos do escritório local da Emater realizaram o
acompanhamento do desenvolvimento dos alevinos de tambaqui que povoam os
tanques já há 30 dias.
A
expectativa é que, em 12 meses, sejam retirados de seis tanques escavados, em
uma área de 800 m², cerca de cinco toneladas do pescado. Paixão, chefe da
família com oito membros, procurou a Emater no município, em outubro passado,
com a ideia de produzir pescado em cativeiro. Pecuarista leiteiro ativo
precisou da ajuda dos técnicos para o desenvolvimento do projeto. Segundo o técnico
em aquicultura, Marlos Peterle, o acompanhamento, desde então, passou a ser
mensal. “Estamos juntos desde a escavação dos tanques. Em primeiro de fevereiro
comemoramos o povoamento dos tanques. Semana passada, fizemos uma biometria.
Assim, vamos fazendo a assistência técnica para garantir a produção”, destacou.
Já visando o escoamento da
produção do mercado, está previsto para primeiro de fevereiro de 2014 o auge da
despesca dos tambaquis, que por ventura apresentarão um quilo, em média.
Peterle explica que até isso foi pensado já que dos meses de novembro a março é
o período do defeso. “A venda é dividida em três épocas. Com o peixe pesando
menos de um quilo, antes de completar um ano de engorda; com um ano,
apresentando um quilo; e já pro final do defeso, o peixe tendo um quilo e meio.
Assim, garantimos a comercialização do peixe in natura”.
Faz parte do trabalho da
Emater garantir, além da produtividade e o custeio da atividade, a
comercialização. “Cuidamos do ciclo completo, por isso realizamos a acompanhamento
mensal. Até o gasto com a ração é estudado. Assim não falta e nem sobra”,
ressaltou. No projeto ainda consta, por meio do Banco da Amazônia, o custeio da
produção para aquisição de ração adequada e contratação de mão de obra, para o
período da despesca. “O produtor só começa a pagar ao agente financeiro com um
ano de projeto, o que coincide com a retirada do pescado dos tanques”, garantiu
o técnico responsável.
Marlos Peterle ainda
ressaltou que a diversificação das atividades agropecuárias é incentivada pela
Emater e que a procura pela piscicultura, por parte dos agricultores familiares
atendidos, tem aumentando consideravelmente. “O mercado consumidor do pescado
produzido em cativeiro está aquecido. A produção fica em São Felix, mas também
abastece os municípios próximos, como Redenção, Ourilândia do Norte, Marabá.
Isso é mais um atrativo para o produtor investir nesta prática”, finalizou.
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