TRE VAI JULGAR PEDIDO DE CASSAÇÃO DO REGISTRO DE DAVI RESENDE NA TERÇA-FEIRA,27

Contratos celebrados com a prefeitura e apresentados a justiça eleitoral não estão assinados pelo fazendeiro.

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará, TRE, deverá julgar, na próxima terça-feira, 27, o recurso eleitoral da coligação "O Povo Quer Mudança", que pede a cassação do registro de candidatura do fazendeiro Davi Resende Soares, na Ação de Investigação Judicial Eleitoral, AIJE, onde o candidato é investigado por abuso de poder político e econômico por conta de três contratos de aluguel de imóveis mantidos com a prefeitura municipal de Ulianópolis. O relator do recurso é o juiz federal Antonio Campelo ( que já decretou a prisão de Davi Resende em outra ação). A revisora é a juiza Esilda Pastana Mutran. Na última terça-feira, 20, a corte do TRE, por 3 votos a 2, deferiu o registro de candidatura do fazendeiro, sendo que o Ministério Público Eleitoral e a coligação "O Povo Quer Mudança", já ingressaram com Recurso no Tribunal Superior Eleitoral, TSE. Além do recurso que será julgado na terça-feira, 27, em Belém, o TRE do Pará ainda irá julgar outras 6 ações que pedem a cassação do Registro do Fazendeiro. No recurso que trata dos contratos, a coligação "O Povo quer Mudança" sustenta que Davi Resende, enquanto candidato a prefeito, foi beneficiado diretamente pela prefeitura de Ulianópolis, mantendo os contratos em período vedado pela legislação eleitoral. Na opinião dos advogados André Bassalo e Inocêncio Coelho, o fato de Davi Resende ter solicitado o cancelamento dos contratos com a prefeitura não alteram a situação do mesmo, uma vez que nestes casos, a Lei Eleitoral determina que o candidato teria que se desimcompatibilizar, ou seja, encerrar o vínculo comercial com a PMU. " Ele poderia perfeitamente ter transferido os contratos para a sua esposa ou para qualquer outra pessoa. Como não procedeu desta maneira, ele optou por ser diretamente beneficiado financeiramente". Diz o advogado Inocêncio Coelho. Já o advogado André Bassalo, sustenta ainda que está mais do que comprovada o abuso, uma vez que o valor de um dos contratos subiu de R$ 3 para R$ 8 mil reais justamente no ano eleitoral. Os advogados também farão sustentação oral na Tribuna do TRE, ocasião em que apresentarão provas de que os últimos contratos foram "montados" dentro da prefeitura, uma vez que não estão assinados pelo fazendeiro Davi Resende. Os contratos do pecuarista já foram apreciados pelo TRE na ação de impugnação do registro do mesmo, sendo que os juizes entenderam que não se tratava da ação apropriada.