As tartarugas, apesar de
mantidas amarradas por longas horas, não sofreram maiores danos e puderam ser
devolvidas à natureza.
Agentes
do Ibama flagraram, na terça-feira, 13, dois pescadores com 16 tartarugas-da-amazônia,
no rio Xingu, uma das principais áreas de desova da espécie no Pará. Os homens
estavam em um barco a motor e seguiam para o município de José Porfírio, onde
negociariam os animais no mercado ilegal. Além de ter a embarcação apreendida,
cada um foi multado em R$ 80 mil pelo crime ambiental. As tartarugas, apesar de
mantidas amarradas por longas horas, não sofreram maiores danos e puderam ser
devolvidas à natureza.
Incluídas
nas lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção e protegidas pela
Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em
Perigo de Extinção (Cites), as tartarugas-da-amazônia têm sua captura e consumo
proibidos por lei. "Estamos no período de reprodução da espécie, quando as
fêmeas procuram as praias do Xingu para a desova e ficam muito vulneráveis ao
homem", explica o coordenador da ação de fiscalização, Manoel Costa.
Os
pescadores autuados pelo Ibama ainda responderão a processos civis e criminais
pelo dano causado ao meio ambiente. Eles também poderão ter as multas
duplicadas pelo órgão ambiental, por terem praticado a infração a noite e no
período reprodutivo das tartarugas. O Ibama vem realizando, desde
outubro, ações de fiscalização contra a captura de quelônios (tartarugas,
tracajás, pitiús, etc) e a coleta de seus ovos na região do Tabuleiro do
Embaubal, no rio Xingu, e no Tabuleiro Monte Cristo, no rio Tapajós, com
objetivo de aumentar as chances de reprodução destas espécies ameaçadas.
Participam das fiscalizações no Tabuleiro do Embaubal agentes de patrulhamento
ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Senador José Porfírio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário