PECUARISTA USOU DIPLOMA FALSO PARA OBTER CARTEIRA DE HABILITAÇÃO E BREVÊ DE PILOTO

Recurso que pede o indeferimento do registro de Davi Resende foi adiado para quinta-feira, 08.

A Coligação “O Povo Quer Mudança” protocola na manhã de hoje, no Ministério Público do Pará, um pedido de abertura de ampla investigação para apurar denúncias de fraude documental atribuídas ao fazendeiro Davi Resende, Soares, prefeito eleito do município de Ulianópolis, no sudeste do Pará. De acordo com os advogados da coligação, Davi Resende, que é acusado de ter apresentando um diploma falso, de técnico em contabilidade, para obter o registro de candidatura a prefeito, teria se utilizado do mesmo documento para obter o Brevê de piloto, (carteira para pilotar aeronave), Carteira de Habilitação e até mesmo um porte de arma. Na manhã de ontem, a juíza do TRE, Eva do Amaral Coelho, que é relatora do recurso que pede o indeferimento do registro do fazendeiro, adiou o julgamento do feito para quinta-feira, 08.

No pedido que será protocolado hoje no Ministério Público, a coligação pede que o MP envie ofícios a Anac, ao Detran e a Polícia Federal pedindo informações sobre os documentos apresentados por Davi Resende para obter CNH, Brevê de Piloto e porte de arma. Na representação endereçada ao MP, os advogados afirmam que “Davi Resende vem praticando fraude documental há muitos anos em uma verdadeira afronta as autoridades constituídas”.  Na Justiça Federal de Altamira, tramita uma Ação que aponta o fazendeiro como fraudador de centenas de títulos de terra. Uma semana antes das eleições de 2012, Davi Resende, juntamente com o filho Lindomar Resende e a irmã, a vereadora Marta Resende, tiveram um recurso contra sentença de pronúncia negado pela 2ª Câmara Criminal do TJE, sendo que todos irão a julgamento como mandantes da morte do marceneiro Silvério Lourencine, crime ocorrido em 2004, no centro de Ulianópolis.

Em 2006, uma grande investigação do Geproc e da polícia civil no município, sob o comando do delegado André Albuquerque, concluiu que Davi Resende seria o mentor de uma rede criminosa responsável por 26 homicídios na região, entre eles o assassinato do deputado João Batista, crime ocorrido em 1988, no centro de Belém. Entre os anos de 2005 e 2007, a prisão de Davi Resende foi decretada em três processos diferentes, sendo que o mesmo jamais foi preso e responde as ações penais em liberdade. Na esfera eleitoral, tramitam atualmente 05 ações de abuso de poder político e econômico que apontam Davi Resende como administrador indireto da máquina pública, sendo que a família Resende domina a administração pública municipal há 12 anos.