Advogada diz que não existem provas que apontem a participação dos operários em ação criminosa.
A Polícia Civil de Altamira
do Pará concluiu as investigações sobre a ação de trabalhadores em canteiros de
obras da hidrelétrica de Belo Monte e indiciou cinco trabalhadores, sendo três
do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) e dois de uma empreiteira, pelos
crimes de incêndio, formação de quadrilha e danos ao patrimônio. Eles estão
presos na delegacia de Altamira do Pará há oito dias. No dia 12 de novembro, um
grupo de trabalhadores destruiu os três principais canteiros de obras da usina.
O CCBM, por meio de sua
assessoria, informou que “as seguradoras já concluíram as vistorias nos
canteiros, mas o resultado não será divulgado – por razões contratuais”. Disse
ainda que “os trabalhos seguem normalmente” desde sexta-feira. E acrescentou
que as “instalações danificadas foram recuperadas, e toda a estrutura refeita
para que o trabalho possa ser desenvolvido com as condições ideais”.
A advogada da central
sindical CSP – Conlutas, Anacely Rodrigues, que acompanha o caso, disse que “as
provas contidas nos autos não provam nenhuma das acusações feitas aos
operários”. Ela conversou com a defensoria pública, que já pediu a libertação
dos presos. A advogada integra uma comissão da central que viajou de São Paulo
a Altamira para acompanhar os trabalhadores. O inquérito foi encaminhado para a
3.ª Vara criminal do município.
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