Projeto através de rede custa uma média
de R$ 176 mil por residência, saindo a um custo total de R$ 70 milhões.
No início
do mês do novembro, a deputada Bernadete ten Caten (PT) vai se reunir no
Ministério de Minas e Energia para tratar da situação dos moradores ribeirinhos
das ilhas no entorno do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT), que há
anos vêm reivindicando por energia para as localidades. Uma comissão de
moradores das ilhas também vai participar da reunião, para cobrar uma solução
mais célere para o problema deles, que não podem, por exemplo, condicionar
pescado em grande quantidade, para comercialização, por conta da falta de
energia.
Esta
semana, Bernadete, juntamente com lideranças das ilhas, se reuniu com o
presidente da Celpa, Raimundo Nonato Alencar de Castro, e com Mauro Chaves,
diretor de Relações Institucionais da empresa de energia elétrica, para
discutir a questão. Na ocasião, foram apresentados dois projetos, um feito pela
prefeitura de Tucuruí, que é levar energia para as localidades através de rede,
com a instalação de postes ao longo da floresta. O Projeto é considerado
inviável, pelo alto custo e nem uma segurança quanto à qualidade da energia,
devido aos obstáculos naturais. O outro projeto, sugerido pela Celpa e já em
estudo, é um sistema híbrido, com energia fotovoltaica e eólica. Ou seja,
usando a luz do sol e o vento para a produção de energia.
O projeto
através de rede custa uma média de R$ 176 mil por residência, saindo a um custo
total de R$ 70 milhões, valor muito elevado e que a Celpa acredita que não será
aprovado pela Eletrobras, além de causar impacto ambiental, por haver a necessidade
de desmatar para instalar o postes. O sistema híbrido sai a um custo aproximado
de R$ 28 milhões a R$ 30 milhões, e é ecologicamente correto, por não causar
danos ambientais. Segundo a Celpa, para cada localidade será estabelecido qual
o melhor sistema, se o fotovoltaico ou eólico. Na ocasião, lideranças
questionaram se a energia produzida teria capacidade para manter, por exemplo,
câmaras frias, para armazenar peixes. De acordo com a Celpa, há sim capacidade,
bastando aumentar a potência dos geradores.
A instalação da energia nas ilhas é uma luta
antiga dos moradores e contam, desde o início, com o apoio de Bernadete, que já
promoveu várias reuniões para tratar do assunto. “Eles reclamam com razão,
porque têm uma das maiores hidrelétricas como vizinha e continuam na
escuridão”, ressalta a deputada. Ainda segundo Bernadete, dependendo da
sinalização do Ministério de Minas e Energia, se for optado pelo projeto da
Celpa, a empresa vai concluir os estudos e o projeto, para apresentá-lo à
Eletrobras, para avaliação. Participaram da reunião em Belém, representando a
comunidade ribeirinha, Risonete Louzada e Ademar Ribamar, além de Marcelo
Bulhões, da Associação Comercial e Industrial de Tucuruí.
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