Um dos
rios mais importantes da região sul do Pará, que banha parte de Tucumã e deságua
nos Rios Xingu e Carapanã, vem sofrendo agressões a vários meses por conta da
atividade de garimpagem ilegal. A
denúncia foi feita esta semana a reportagem de O Liberal por moradores da comunidade
Pedra Rachada e pela Associação dos Pescadores de Tucumã,
Aspetuc. Segundo a denúncia, as balsas que se espalharam ao longo do Rio Fresco
estão usando jatos d'água nos barrancos, derrubando arvores das encostas e
provocando destruição dos leitos, bem como o assoreamento dos rios que compões
a bacia, além da contaminação da água através de substâncias toxicas como
mercúrio, restos de mangueiras e lixos das embarcações.
“O acumulo de sedimentos devido o uso de jatos
de água causam o processo erosivo e com a chegada do inverno poderá provocar
ainda mais o desabamento de barrancos, obstruindo o curso dos rios causados por
areia ou detritos provocando problemas mais grave ao meio ambiente”. Diz o presidente
da Associação Pedra Rachada, Antonio Barbosa, conhecido como "Cabeça Branca".
“O caso
desse garimpo é gritante. Já Fizemos denúncias a vários órgãos de proteção
ambiental e nenhuma medida foi tomada”. desabafou Antonio. Outros problemas graves que vem
preocupando os moradores são os bancos de areia, conhecidos como arrotos,
deixados pelas balsas, juntamente com a escassez dos peixes ,devido a água suja
e o aumento de insetos, causada pela destruição do seu habitat natural.
“O Rio Fresco já foi um dos rios de águas mais
límpidas da região, antes até se via o seu fundo mais agora não servi nem pra
beber ou lavar roupa”.lamentou Dona Maria da Conceição, moradora ribeirinha que
também fez um denuncia grave ao dizer que o servidores que deveriam fiscalizar
e punir a ação criminosa receberam 50 gramas de ouro dos garimpeiros para não
lacrar as balsas. A comunidade denuncia ainda que o garimpo funciona com a
conivência dos índios Kaiapó e da Funai.
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