Secretário diz
que Estado não vai se contentar apenas em receber caminhões e vagões para
descarregarem em Santarém e outros portos.
Após três
dias de intensa agenda em Jundiaí (SP) e na capital paulista, o secretário de
Indústria, Comércio e Mineração do Pará, David Leal, se reuniu ontem em
Santarém, com especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina e Agência
Nacional de Transportes Terrestre (ANTT). Em pauta, as discussões do traçado,
logística e viabilidades do projeto para a construção de uma ferrovia que vai
ligar Cuiabá (MT) a Santarém (PA) para o escoamento da produção de grãos do
Centro-Oeste brasileiro. Diante do visível estrangulamento dos portos de
Paranaguá (PR) e Santos (SP), a alternativa, segundo especialistas em
logística, é o Pará, que tem todas as chances de receber as instalações de
portos conectados à ferrovia, além da rodovia (BR-163), a Cuiabá-Santarém.
A Seicom
e a ANTT ouviram produtores de grãos, o setor produtivo, inclusive o naval, e
explicar as linhas gerais do projeto da ferrovia. O Pará é um forte candidato a
receber esses investimentos por sua localização geográfica mais perto da zona
do Canal do Panamá, e dos mercados da África, Europa, Ásia e Estados Unidos da
América do Norte, se forem computadas as distâncias entre São Paulo e Belém
(PA) para os mercados consumidores.
Uma das
preocupações, segundo David Leal, é dimensionar, também, com qualificados
estudos, os impactos sociais e ambientais de um projeto de ferrovia, mais a
rodovia, e os cerca de quinze portos que estão sendo projetados para a região
oeste do Estado, entre Miritituba e Santarém. "O Pará não vai se contentar
apenas em receber caminhões e vagões para descarregarem em Santarém e outros
portos. Temos que discutir nossa inserção nessa recepção de soja e outros
grãos", pondera David Leal.
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