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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PROGRAMA INVESTE NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA EM COMUNIDADES INDÍGENAS



As frentes de trabalho aproveitam o chamado “verão amazônico” para concluir as obras até novembro deste ano, quando começa o período de chuvas.

O Programa de Atividade Produtiva das Comunidades Indígenas iniciou, no mês de setembro, a abertura de roças para produção agrícola de subsistência nas aldeias atendidas pelo Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI), executado pela Norte Energia – empresa responsável pela instalação e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará. As frentes de trabalho aproveitam o chamado “verão amazônico” para concluir as obras até novembro deste ano, quando começa o período de chuvas, também considerado pelos indígenas ideal para o início do plantio.

Em alguns lugares, as atividades utilizam o maquinário já disponibilizado às aldeias para a realização de outras ações. É o caso, por exemplo, da Aldeia Bacajá, que utiliza os mesmo tratores usados na construção de uma pista de pouso para realizar o trabalho de abertura da roça. “Muitas vezes, a montagem dessa infraestrutura para fazer as obras requer tempo e habilidade. Por isso é importante realizar o máximo de ações possíveis com os equipamentos que hoje encontram-se nas aldeias para outros serviços do programa de Infraestrutura do PBA-CI”, explica o superintendente de assuntos indígenas da Norte Energia, Pedro Bignelli. 

Durante a primeira etapa do trabalho, as aldeias passaram por um amplo diagnóstico para definir a vocação agrícola em cada território. “Há quem plante milho, há quem plante mandioca e há quem plante além da quantidade de subsistência. Tudo isso precisa ser definido antes da abertura das roças”, ressaltou Bignelli. Dentro deste processo de definições, a Norte Energia adquiriu tratores, escavadeiras e roçadeiras para realizar um trabalho que dure muitas colheitas.

Algumas aldeias terão a roça reconstruída. A falta de uso do solo permitiu a recomposição parcial da floresta, fenômeno que os indígenas denominam de juquira. Em outras o trabalho de abertura da roça será realizado desde o início do processo. Uma empresa contratada pela Norte Energia será responsável pela assistência técnica aos indígenas nos mesmos moldes que hoje a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) oferece aos produtores rurais.

O principal objetivo de todo esse trabalho está na retomada de um modo tradicional de sobrevivência, historicamente utilizado pelos indígenas que vivem na região da Transamazônica e do Xingu. “A intenção é aperfeiçoar as atividades agrícolas entre esses povos para que, mais do que produzir alimentos para sobreviver, eles possam aperfeiçoar e aumentar essa produção e transformar esta atividade em fonte de geração de renda”, conclui Pedro Bignelli. O Programa de Atividade Produtiva das Comunidades Indígenas é acompanhado de perto pela Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável, ainda, pela análise sobre todas as outras ações implementadas pelo PBA-CI.

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