O Salão do Livro
da Região do Capim segue até o dia 6 de outubro.
O
escritor paulistano Ignácio de Loyola Brandão participou no último final de
semana do Encontro Literário do II Salão do Livro da Região do Capim, em
Paragominas. A programação é do Governo do Pará, coordenada pela Secretaria
Especial de Estado de Promoção Social, por meio da Secretaria de Estado de
Cultura (Secult), em parceria com a Prefeitura Municipal de Paragominas. Nascido
em Araraquara, interior de São Paulo, o contista, romancista e jornalista se
apaixonou muito cedo pelas letras. Filho de um operário, a família tinha uma
vida complicada, mas, como bem disse o escritor, “não era assim tão difícil”,
pois o pai, Antônio Brandão, era um leitor contumaz e tinha um acervo bibliográfico
em casa com mil volumes.
Quando o
filho ficava curioso para saber o significado das palavras, seu Antônio sempre
recomendava que consultasse uma enciclopédia, que ele aprenderia o significado
das coisas. “Tive pessoas que me orientaram e conduziram para as palavras”,
afirmou o escritor ao lembrar do pai, que foi fundamental para sua formação. Além
de seu Antônio, quem também lhe influenciou no gosto pelas letras foram duas
professoras de Português que teve no primário (atual Ensino Fundamental) chamadas
Lourdes e Ruth. Ignácio lembrou de uma passagem de sua infância, quando a
professora Ruth passou como tema de redação o conto infantil "A Branca de
Neve os sete anões".
Literalmente
apaixonado pela personagem, o escritor contou que odiava os sete anões, porque
eles faziam Branca de Neve de escrava e viu a oportunidade de vingar seu grande
amor. “Os anões obrigavam a minha namorada a passar, lavar, cozinhar. Então
escrevi a redação e as que mais a professora havia gostado, ela lia e a turma
dava a nota. No meu texto, os anões saíam para trabalhar e diziam para Branca
de Neve colher champignons do bosque, ervas e fazer uma sopa para tomarem à
noite. Eles foram embora, ela fez a comida, os anões voltaram, sentaram à mesa,
comeram e caíram todos mortos no chão, porque ela só tinha escolhido cogumelos
envenenados”, relatou o escritor, arrancando risos do público.
O Salão
do Livro da Região do Capim segue até o dia 6 de outubro com outras
programações como: contação de histórias; mesa redonda "A educação à distância
no Brasil: desafios e contribuições", com Edney Quaresma; e o seminário
"Amazônia no século XXI: desafios e oportunidades", com a
participação de Mauro Lúcio Costa, Paulo Pombo Tocantins, Beto Veríssimo e
Gabriel Chaves, sob a coordenação do Imazon.
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