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domingo, 7 de abril de 2013

IBAMA E POLÍCIA FEDERAL INVESTIGAM GRUPO FLORESTAL EM PARAGOMINAS



PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em empresas.

Um dos maiores grupos florestais do país, com sede em Paragominas, no sudeste do Pará, foi alvo esta semana  da Operação Díadre, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ibama. Com ao menos 12 empresas associadas - entre madeireiras, firmas de exportação e fábricas de MDF processados a partir de madeira de reflorestamento -, o conglomerado é suspeito de utilizar espécies nativas exploradas ilegalmente em áreas protegidas para a fabricação de parte dos seus produtos. No primeiro dia de ação, o Ibama embargou duas madeireiras do grupo por irregularidades na comercialização de madeira nativa e aplicou cerca de R$ 2 milhões em multas. A PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em empresas localizadas em Paragominas, Dom Eliseu, Tomé-Açu e Pacajá. Além da apreensão de documentos, vários funcionários, administradores e sócios das empresas foram ouvidos.
O nome do grupo florestal paraense surgiu associado à exploração ilegal de madeira durante a Operação Maurítia, em setembro de 2011, quando o Ibama flagrou uma grande exploração irregular de madeira na Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, no Maranhão, próximo a fronteira com o Pará. Na época, oito homens presos em flagrante acusaram o grupo de ser o dono da derrubada, em depoimento à PF, que deu início ao inquérito policial. Com a operação Dríade, o caso deverá encerrar a etapa policial ainda este mês, seguindo para o Ministério Público para o início da ação penal.
Nestes 18 meses, as investigações comprovaram que boa parte da madeira retirada da Rebio do Gurupi foi esquentada nas empresas do conglomerado, por meio de um plano de manejo fraudulento de Nova Ipixuna, no sudeste paraense. Cerca de 35 mil m3 de créditos foram utilizados para documentar com Guias Florestais fraudadas a madeira da área protegida e colocá-la no mercado nacional e internacional. O esquema gerou um faturamento de R$15 milhões às empresas, segundo a PF. No final de 2011, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade multou o grupo florestal em R$ 30 milhões em razão dos danos ambientais causados à reserva biológica.

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