Médico José Lourenço poderá ser empossado como prefeito
eleito.
Os ministros do Tribunal
Superior Eleitoral, TSE, deverão julgar nesta quinta-feira, 25, os embargos de
declaração contra o médico José Lourenço, candidato mais votado nas eleições de
prefeito de Água Azul do Norte em 2012. Lourenço teve o registro de candidatura
indeferido porque havia sido demitido de suas funções de médico do hospital
municipal de Xinguara, cidade vizinha a Água Azul. Em março deste ano, o juiz
da Comarca de Água Azul do Norte, Edvaldo Saldanha, suspendeu liminarmente o
decreto municipal assinado pelo ex-prefeito de Xinguara, Davi Passos, que
exonerou o médico José Lourenço, à época servidor do Hospital Municipal de
Xinguara.
Com a decisão, José Lourenço
recuperou seus direitos políticos e está cobrando na justiça o direito de ser
empossado como prefeito de Água Azul do Norte, uma vez que o mesmo foi o
candidato mais votado no pleito de 2012, obtendo mais de 50% dos votos válidos.
Mesmo obtendo a vitória nas urnas, José Lourenço foi impedido de assumir o
cargo porque o seu registro de candidatura foi indeferido, sendo que a Justiça
Eleitoral entendeu que o mesmo foi demitido de cargo público e, portanto,
estaria na condição de inelegível.
Por conta do impasse, em
janeiro deste ano assumiu a cadeira de prefeito o presidente da Câmara de Água
Azul do Norte, até que o TSE marque a data de uma nova eleição no município. No
Mandado de Segurança protocolado na justiça, o médico José Lourenço apresentou
a microfilmagem do pagamento da rescisão contratual amigável e uma gravação
onde o ex-prefeito de Xinguara, Davi Passos, confirma que o médico se desligou
da prefeitura através de negociação amigável. Na visão dos advogados do médico,
deixa de existir o fato que deu origem a impugnação de João Lourenço.
A defesa do prefeito eleito
já peticionou ao Tribunal Superior Eleitoral, TSE, informando o fato novo e
solicitando a liberação do registro de candidatura. Outro fato que reforça a
tese de que Lourenço poderá assumir atenta para o fato da procuradoria do
município de Xinguara ter tornado nulo o Processo Administrativo Disciplinar,
PAD, que julgou o médico, resultando na homologação de um acordo judicial entre
o município e José Lourenço, no qual ele abriu mão da ação de ressarcimento por
danos materiais e morais contra a prefeitura.
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