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terça-feira, 30 de abril de 2013

BALSA DE BURITI CHEGA ÀMARABÁ



Embarcação deixou a cidade de estreito, no Maranhão, no dia 19 de abril, permanecendo por 9 dias navegando no rio Tocantins

Depois de passar por várias cidades, a balsa de buriti construída para refazer o trajeto de antigos comerciantes, finalmente chegou a Marabá na tarde de sábado, 27. A viagem foi organizada pela Casa da Cultura de Marabá, em homenagem aos cem anos do município. A balsa deixou a cidade de estreito, no Maranhão, no dia 19 de abril, permanecendo por 9 dias navegando no rio Tocantins. A aventura remonta os idos de 115 anos atrás, quando uma pequena balsa de buriti, construção comum na região pelo fácil acesso a matéria-prima e simplicidade na montagem do projeto, cruzou os rios da região em busca de novos lugares para comércio. A região conhecida como Burgo do Itacaiúnas, hoje, Marabá, foi o lugar escolhido para aportar.

Neste sábado, 27, diante um público numeroso e emocionado, outra balsa aportou novamente, em frente à Colônia de Pescadores, no bairro Santa Rosa, desta vez em homenagem ao Centenário da cidade. Era a concretização de um projeto que visava refazer o caminho dos pioneiros em uma embarcação com as mesmas características da balsa original, construída do mesmo modo artesanal que aquela do início do século passado. A Fundação Casa da Cultura desenvolveu a ideia da balsa em sua composição original. 

O professor e presidente da Casa da Cultura, Noé von Atzinger comentou as dificuldades encontradas para a execução do projeto. “Tivemos momentos difíceis, quanto ao material para a construção da balsa, já que os buritizais foram sendo destruídos e quase ficamos sem matéria-prima. Outra grande dificuldade foi a confecção do barco. Como é um modelo antigo, que não se constrói hoje, tivemos que procurar os antigos construtores de embarcações para nos ajudar, relembrar e dar dicas na etapa de construção”. Disse Noé ressaltando que em todo o trajeto, o momento mais difícil foi a passagem da Cachoeira de Santo Antônio, um local onde as ondas alcançam facilmente um metro de altura, com pedras grandes e travessia difícil, executada apenas por profissionais experientes. 

O prefeito de Marabá, João Salame acompanhou a chegada da balsa, parabenizou os participantes da expedição do Centenário e frisou a importância da preservação da história de Marabá e região. ”Uma cidade que não honra seu passado, não tem estrutura para avançar para o futuro. É importante que a população compreenda a dificuldade do início da cidade, a fragilidade das embarcações nas quais os pioneiros chegavam aqui e que, apesar das dificuldades, não desistiram”. Disse o gestor.

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