Estudo visa tornar o Tocantins
navegável durante todo ano, no trecho Marabá Tucuruí, que inclui a derrocagem
do Pedral do Lourenção, em uma extensão de 43 quilômetros.
O
presidente da Companhia Docas do Pará (CDP), Carlos José Ponciano da Silva, e
professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hito Braga de Moraes,
apresentaram esta semana em Marabá o
projeto do Sistema Integrado do Rio Tocantins, que inclui a Hidrovia
Araguaia-Tocantins e terminais, incluindo o Múltiplo Uso 2, na Vila do Conde. A
reunião, realizada no auditório da prefeitura do município, teve à frente o
secretário de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia (Sincom),
Ítalo Ipojucan, que abriu as explanações falando do projeto da hidrovia e
destacando o quanto o mesmo é vital para a região. Hito Barga, que é
coordenador do projeto feito pela UFPA, explicou todos os detalhes do estudo
para tornar o Tocantins navegável durante todo ano, no trecho Marabá Tucuruí,
que inclui a derrocagem do Pedral do Lourenção, em uma extensão de 43
quilômetros. Ele deixou claro que esse projeto é o único viável, porque torna o
custo da obra acessível. Outro, segundo ele, inviabiliza a obra pelo alto custo.
O
professor fez comparativos, mostrando outras alternativas para mudar o curso do
rio, desviando do pedral do Lourenção, e garantiu que a única maneira viável é
seguir o curso natural. Ele detalhou que no trecho há um desvio lateral, mas
que torna a navegação inviável durante a seca do rio. “A derrocagem é a única
alternativa viável”, assegurou. Segundo ele, o projeto deixa o trecho do rio
com uma largura de 70 metros, com uma profundidade no período de seca de cerca
de quatro metros de profundidade, garantindo a navegação segura. Ele observou
que o rio Mississipi, por exemplo, nos Estados Unidos, é navegável com dois
metros de profundidade e, em alguns países da Europa, se navega com menos que
isso. O projeto tem um custo de R$ 520.144.372,79, valor muito abaixo de
projetos que aumentem a largura ou proponha alteração do canal natural do rio.
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