A meta é realizar
50 mil exames, no período de 17 a 30 de abril. A ação faz parte das atividades
que marcam o Dia do Trabalhador.
Entre os dias 17 e 30 da
abril, o Ministério da Saúde promoverá a maior mobilização de testagem das
hepatites B e C do Brasil, focalizada em trabalhadores. A expectativa é que
sejam realizados 50 mil testes de triagem – sendo 25 mil no Porto de Suape (PE)
e 25 mil na Usina Hidrelétrica Belo Monte. Nos dois locais trabalham,
diariamente, quase 100 mil profissionais. “É uma excelente oportunidade de
acessar, em poucos dias, tantas pessoas. Quanto mais precoce o diagnóstico das
hepatites virais, mais chances de o paciente ter uma boa qualidade de vida”,
garante o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério
da Saúde, Dirceu Greco.
O exame oferecido será o
tradicional, que fica pronto em até 15 dias. Além do acesso gratuito ao teste,
os profissionais que participarem da mobilização terão a facilidade de receber
o resultado no próprio local de trabalho. Em caso positivo, os pacientes serão
encaminhados para tratamento na rede especializada dos municípios participantes
ou dos estados de Pernambuco e Pará.
No país, estima-se que 800
mil pessoas têm hepatite B e 1,5 milhão são portadores do tipo C. Como são
doenças silenciosas, que demoram anos para manifestar sintomas, muitos estão
infectados e não sabem. No caso do tipo B, a evolução para a forma crônica
ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus. A hepatite C
evolui para a forma crônica em 80% dos casos. Nessas situações, a doença pode
evoluir para cirrose e câncer de fígado. São parceiros do Ministério da Saúde
na iniciativa as Coordenações de Hepatites Virais dos estados de Pernambuco e
Pará, além dos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho Ipojuca e
Altamira. Também participam da ação universidades e laboratórios governamentais
dos estados e municípios envolvidos.
Para evitar a hepatite B, basta
tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e
não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar,
escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de
drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. No caso do tipo C, não
existe vacina, mas é possível evitá-la. Para isso, não se deve compartilhar
seringa, agulha e objetos cortantes com outras pessoas e usar camisinha em
todas as relações sexuais.
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