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segunda-feira, 29 de abril de 2013

AUDIÊNCIA EM RONDON DO PARÁ DISCUTE VIABILIDADE DE FERROVIA



Prefeita Cristina Malcher afirma que empreendimento trará progresso e desenvolvimento para a cidade de Rondon do Pará

Município possui recursos minerais com potencial acima de 1 bilhão de toneladas

Mais de duas mil pessoas se reuniram na quinta-feira, 25 no ginásio poliesportivo de Rondon do Pará, no sudeste paraense, para participar da primeira audiência pública do projeto Alumina Rondon, da empresa Votorantim Metais. O secretário de Estado de Meio Ambiente, José Alberto Colares, presidiu e coordenou o evento. Compuseram a mesa a prefeita de Rondon, Cristina Malcher; a promotora pública do município, Liliane Rodrigues; o representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Abelardo Barcelos, além de representantes do empreendimento.

Também estiveram presentes na audiência membros de sindicatos, autoridades federais, municipais, estudantes, lideranças comunitárias e religiosas. Em seu discurso, a prefeita de Rondon do Pará, Cristina Malcher, disse que o empreendimento trará progresso e desenvolvimento não só para a cidade, bem como para toda a população. “Estamos escrevendo uma nova história no município de Rondon”. Disse Cristina. 
Para o titular da Sema, o empreendimento deve se tornar âncora do desenvolvimento local e social. “A Sema deve analisar também os impactos sociais do projeto, afinal, o licenciamento não passa só pela regularização ambiental, mas também pelo compromisso firmado pela qualidade de vida de quem vive aqui”, disse José Colares.

O complexo industrial com refinaria de alumina integrada á mina de bauxita fará o escoamento da produção até o embarque no porto de Vila do Conde, em Barcarena. Segundo o empreendedor, o projeto será auto-sustentável, pois irá usar coque de petróleo, carvão mineral e biomassa como energia elétrica. O coordenador de Sustentabilidade do Alumina Rondon, Sérgio Oliveira, informou que serão investidos R$ 6,6 bilhões no empreendimento, que irá produzir cerca de R$ 7,7 milhões em bauxita e três milhões de toneladas de alumina por ano. “Após a expansão do empreendimento, produziremos o dobro”, projetou. A alumina, produto que será refinado com o projeto, é o principal insumo do alumínio. É muito usada em velas de automóveis e em metais para bens de consumo.

Para mitigar os danos ambientais, a empresa trabalhará com o sistema de tiras, que é a recomposição vegetal do terreno, conforme o avanço da mina. “Fazemos a supressão vegetal da área e armazenamos a terra fértil. Quando a extração de minério acaba, recolocamos a terra no lugar para que volte a fertilizar. As áreas irão retornar a condição de uso anterior ao da mineração”, garantiu o coordenador.

Durante a audiência, houve 33 manifestações orais e 29 inscritas. As principais dúvidas giraram em torno de postos de trabalho, capacitação de mão de obra local e fluxo migratório. Localizado a 70 quilômetros de Rondon, o projeto promete gerar mais de seis mil postos de trabalho na fase de implantação e 1,6 mil na etapa de produção, entre empregados próprios e indiretos.

A empresa se comprometeu em priorizar a mão de obra e fornecedores locais, por meio de um programa de comunicação social, que evitará o inchaço populacional com a instalação do projeto. A audiência serviu para que a população pudesse conhecer e esclarecer possíveis dúvidas sobre o empreendimento.

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