Prefeita Cristina Malcher afirma que empreendimento trará progresso
e desenvolvimento para a cidade de Rondon do Pará
Município possui recursos minerais com potencial acima de
1 bilhão de toneladas
Mais de duas mil pessoas se
reuniram na quinta-feira, 25 no ginásio poliesportivo de Rondon do Pará, no
sudeste paraense, para participar da primeira audiência pública do projeto
Alumina Rondon, da empresa Votorantim Metais. O secretário de Estado de Meio Ambiente,
José Alberto Colares, presidiu e coordenou o evento. Compuseram a mesa a
prefeita de Rondon, Cristina Malcher; a promotora pública do município, Liliane
Rodrigues; o representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Abelardo
Barcelos, além de representantes do empreendimento.
Também estiveram presentes
na audiência membros de sindicatos, autoridades federais, municipais,
estudantes, lideranças comunitárias e religiosas. Em seu discurso, a prefeita
de Rondon do Pará, Cristina Malcher, disse que o empreendimento trará progresso
e desenvolvimento não só para a cidade, bem como para toda a população.
“Estamos escrevendo uma nova história no município de Rondon”. Disse
Cristina.
Para o titular da Sema, o
empreendimento deve se tornar âncora do desenvolvimento local e social. “A Sema
deve analisar também os impactos sociais do projeto, afinal, o licenciamento
não passa só pela regularização ambiental, mas também pelo compromisso firmado
pela qualidade de vida de quem vive aqui”, disse José Colares.
O complexo industrial com
refinaria de alumina integrada á mina de bauxita fará o escoamento da produção
até o embarque no porto de Vila do Conde, em Barcarena. Segundo o empreendedor,
o projeto será auto-sustentável, pois irá usar coque de petróleo, carvão
mineral e biomassa como energia elétrica. O coordenador de Sustentabilidade do
Alumina Rondon, Sérgio Oliveira, informou que serão investidos R$ 6,6 bilhões
no empreendimento, que irá produzir cerca de R$ 7,7 milhões em bauxita e três
milhões de toneladas de alumina por ano. “Após a expansão do empreendimento,
produziremos o dobro”, projetou. A alumina, produto que será refinado com o
projeto, é o principal insumo do alumínio. É muito usada em velas de automóveis
e em metais para bens de consumo.
Para mitigar os danos
ambientais, a empresa trabalhará com o sistema de tiras, que é a recomposição
vegetal do terreno, conforme o avanço da mina. “Fazemos a supressão vegetal da
área e armazenamos a terra fértil. Quando a extração de minério acaba,
recolocamos a terra no lugar para que volte a fertilizar. As áreas irão
retornar a condição de uso anterior ao da mineração”, garantiu o coordenador.
Durante a audiência, houve
33 manifestações orais e 29 inscritas. As principais dúvidas giraram em torno
de postos de trabalho, capacitação de mão de obra local e fluxo migratório.
Localizado a 70 quilômetros de Rondon, o projeto promete gerar mais de seis mil
postos de trabalho na fase de implantação e 1,6 mil na etapa de produção, entre
empregados próprios e indiretos.
A empresa se comprometeu em
priorizar a mão de obra e fornecedores locais, por meio de um programa de
comunicação social, que evitará o inchaço populacional com a instalação do
projeto. A audiência serviu para que a população pudesse conhecer e esclarecer
possíveis dúvidas sobre o empreendimento.
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