Entrega de Unidades estava programada para o dia 05 de
abril, data do aniversário de Marabá.
Em entrevista coletiva
ocorrida na sexta-feira, 12, a secretária de assistência social de Marabá, Bia
Cardoso, falou também sobre o adiamento na entrega das casas populares,
programada para ocorrer no dia 5 de abril, aniversário de Marabá. Segundo Bia,
o adiamento se deu por conta da alteração do projeto pelo Governo Federal. Como
o residencial está incluso no PAC 2, o Governo Federal decidiu que as casas
terão que ser entregues completas, ou seja, rebocadas, forradas, pintadas e com
lajotas, diferente de antes, quando as casas eram entregues sem a colocação do
piso.
Com a mudança, a Caixa Econômica
Federal (CEF), que gerencia o projeto, deu prazo de mais 90 dias para colocação
dos pisos, já que o residencial tem 1.410 casas. “Não foi uma decisão do
município”, esclareceu a secretária. Respondendo a questionamentos da imprensa,
Bia Cardoso deixou claro que o projeto é voltado a famílias de baixa renda,
aquelas em que a soma dos rendimentos não ultrapassem três salários mínimos e
principalmente que estejam em áreas de risco. Ela deu como exemplo aqueles que
moram sob risco de enchente, em alguns pontos da Velha Marabá. Bia lembrou que
parte deles acabou abdicando das casas, porque os residenciais foram
construídos em áreas distantes do Núcleo Pioneiro e essas famílias vivem da
pesca e não querem morar longe do rio. “Eles têm esse laço com a área onde
moram, por isso não quiseram as casas, mas eles estavam inclusos no que exige o
projeto”, ressaltou.
Ainda segundo a secretária,
o município não tem qualquer gerência sobre as normas do projeto, assim como
não escolhe as famílias beneficiadas. “A Secretaria de Assistência Social da
Prefeitura faz apenas o cadastro. Cadastro que é repassado a CEF, que faz o
cruzamento de dados, para saber se aquela pessoa se enquadra como beneficiária
do programa”, explicou. Ela também informou que dentro da contrapartida do
município está o investimento de R$ 1,5 milhão em obras sociais, que inclui
cursos de qualificação profissional para os moradores dos residenciais
Tiradentes e Tocantins, localizados em Morada Nova e São Félix,
respectivamente. No caso do Tiradentes, também será feito curso de Educação
Ambiental, porque a área onde ele foi construído tem área verde às
proximidades.
Além disso, o município
também já se prepara para os impactos sociais que a mudança de 1.410 famílias
causará na área entre São Félix e Morada Nova, com grande demanda
principalmente na área da Educação. Por isso, já está projetada a construção de
um Núcleo de Educação Infantil, uma escola do Ensino Fundamental com 10 salas
de aula e outra do Ensino Médio. “Recurso já existe”, disse Bia, observando que
a Secretaria Municipal de Educação vai alugar prédios para garantir atendimento
aos alunos do município, enquanto as escolas são construídas.
Quanto a rachaduras que
algumas casas apresentam, Bia disse que o município, junto com a Caixa, pode acionar
a empresa responsável pela obra, que é a HF Engenharia, para que faça os
reparos necessários. Ela informou ainda, que amanhã (10) chega a Marabá uma
equipe da Caixa, vindo de Brasília, para verificar o andamento da obra e a
qualidade do serviço que está sendo feito. “Será feita uma auditagem antes da
entrega dos imóveis”, concluiu a secretária.
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