Foram expedidos pela justiça 9 (nove) mandados de prisão sendo 1 (um)
em Marituba, 2 (dois) em Belém e 6 (seis) em Mocajuba. Só 7 foram
cumpridos, dois ainda estão foragidos. E ainda apreendidos em escritório de contabilidade da empresa Polo
–engenharia, com sede em Belém, milhares de documentos, além de
computadores e equipamentos utilizados nas fraudes. Levantamento preliminar indica que o processo de fraudes começou em 2009 e somam mais de R$6 milhões desviados pela quadrilha.
Há indícios de ramificações desse tipo de crime em diversas prefeituras em vários municípios. O TCM promete investigar todos os 144 municípios paraenses para saber
até onde foram os braços da quadrilha da Polo engenharia e seus
parceiros.
ESQUEMA - “Pela primeira vez o MP conseguiu
identificar e chegar a um escritório especializado. É um verdadeiro
laboratório fraudulento para saquear o erário”, diz indignado o promotor
de justiça, Nelson Pereira Medrado. “Eles montam tudo no computador, possuem um portifólio com nomes de
diversas empresas dos mais diversos ramos de atividade. Montam o edital,
elaboraram as propostas com as respectivas cartas convite (modalidade
de licitação) até chegar ao processo de homologação do certame
licitatório. Após a consumação do processo dividem o produto arrecadado
entre os empresários e os servidores públicos”, explica o promotor
Medrado. O promotor esclarece ainda que “eles se preocupam em enquadrar o
certame na faixa de R$75.000,00 quando se trata de merenda escolar e,
até R$150.000,00 quando se trata de prestação de serviços, acima desse
valor já exige outra modalidade que é tomada de preços”, detalha
Medrado.
Prossegue ainda que " há clonagem de papéis timbrados de empresas de
outros municípios, assinaturas falsificadas de pessoas fraudando os
documentos para fins licitatórios, muitas usando nomes de empresas ou
nomes que em alguns casos sequer desconfia que seu nome está sendo usado
para esse tipo de ilícito civil”, conclui o promotor. “São verdadeiros laboratórios equipados a serviço do crime organizado”,
diz o promotor Arnaldo Célio da Costa Azevedo um dos coordenadores da
operação.
A operação conjunta desencadeada pelo Grupo atuação especial de combate
ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público Estadual (MPE), Divisão
de operações especiais (Dioe) da Polícia Civil e auditoria do Tribunal
de Contas do Município (TCM) deflagrada nesta manhã de terça (9) para
cumprimento de mandados de prisões em Belém, Marituba e Mocajuba e de
mandados de busca e apreensão de documentos contábeis.
Esses documentos criteriosamente montados nos escritórios de
contabilidade da empresa Polo – cuja atividade principal é obra de
engenharia, são utilizados no cometimento de crimes contra a
administração pública utilizando-se da prestação de serviços para a
prefeitura de Mocajuba, região do Baixo-Tocantins.
RAÍZES - Segundo o promotor de justiça, Bruno
Beckembauer Sanches Damasceno pelo material apreendido até agora,
percebe-se que eles detêm um verdadeiro arsenal de documentos para uso
em processos licitatórios. A operação detectou que é bem provável que já existam raízes profundas
desse processo em diversas outras prefeituras, avalia o promotor Bruno
Beckembauer, que é autor do inquérito criminal contra a prefeitura de
Mocajuba que desencadeou a operação Mocajuba. “A partir desse procedimento levantou-se informações que havia um
grande esquema de fraudes em diversas prefeituras oriundas na
Administração municipal de Mocajuba com ramificações em Belém”, explica
Beckembauer.
“Os braços criminosos dessa organização em Belém, Mocajuba e Marituba
são grandiosos e até o momento não conseguimos mensurar o alcance dessas
fraudes que deve movimentar milhões de reais”, explica o promotor de
justiça, Arnaldo Célio da Costa Azevedo
INVESTIGAÇÃO - O auditor do Tribunal de Contas dos
Municípios (TCM), Alcemar Lobato diz que a parceria do TCM com o MP
começar a gerar bons frutos no combate a improbidade. ”Ainda não temos a
dimensão dessa fraude, mas com certeza vamos investigar todos os 144
municípios paraenses para saber até onde essa quadrilha atuava e até
onde foram os braços da Polo engenharia e seus parceiros” garantiu o
auditor Lobato.
Além do TCM participaram da operação os delegados da Dioe – Rogério
Moraes e a delegada Beatriz Silveira da Delegacia de Repressão de Crimes
Tecnológicos que contribuíram nas investigações e nas prisões dos
envolvidos. Dos 9 (nove) mandados de prisão expedidos pela justiça somente 7 foram
cumpridos. Dois ainda estão foragidos o secretário de finanças da PMM e o
empresário dono da Pólo.
Confira os nomes dos presos na Operação Mocajuba:
Ajax João Ferreira Paes – Presidente da comissão de licitação da Prefeitura municipal de Mocajuba (PMM);
Willison Aciolli Lopes – Secretário da comissão de licitação da Prefeitura municipal de Mocajuba (PMM);
Luis Carlos Cardoso Lopes – Funcionário Público e secretário de finanças da PMM (este está foragido)
Walcemor Alves da Silva – Funcionário Público;
Maria da Conceição Quaresma Lourinho – Funcionária Pública;
Thaina da Cruz Quaresma – Funcionária Pública e esposa de Miguel Océlio Seixa Quaresma;
Adriano Xavier Ramos – Funcionário Público;
Jose Antonio Caldas Rodrigues – Funcionário Público e
Miguel Ocelio Seixas Quaresma – Empresário e proprietário da Polo – construções e pavimentações Ltda.
será que ulianópolis esta no meio desses 144 municipios ;oh lugarzinho triste kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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