A Polícia Civil do Pará (PC) prendeu a manhã desta quinta-feira (22), no Aeroporto Internacional de Belém, um homem suspeito de participar de uma quadrilha que tinha um esquema criminoso de contratos fraudulentos de projetos de manejo florestal e pretendia desmatar cerca de três mil hectares de floresta no interior do Pará. Segundo a PC, a fraude renderia à quadrilha cerca de R$ 8 milhões.De acordo com a polícia, o suspeito seria testemunha da assinatura de contratos fraudulentos de dois projetos de manejo para exploração ilegal de terra em Portel, na ilha do Marajó. O objetivo da quadrilha era desmatar três mil hectares de floresta, onde havia mais de 70 mil metros cúbicos de madeira. Uma quantidade que daria pra encher 2.600 caminhões.
Ainda com a PC, em 2014, foi feito contrato de comodato, como se fosse um empréstimo para exploração da terra, no nome da proprietária da área em beneficio a um integrante da quadrilha. O valor total dos projetos seria de R$ 6 milhões e renderia mais R$ 2 milhões à quadrilha.
Ao analisara documentação, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente descobriu que a proprietária do terreno havia morrido um ano antes da assinatura do contrato, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
"A primeira notícia que nós achamos foi o obituário dela num jornal de grande circulação de São Paulo. A partir daí, do indício de que ela tinha falecido antes dos documentos serem firmados, nós passamos a pedir informações às instituições em São Paulo para apurar", disse Marcos Mileo, delegado da Polícia Civil do Pará.
A operação da PC cumpriu mandados de busca e apreensão e três dos quatro mandados de prisão expedidos pela justiça. Segundo a polícia, o homem que seria o beneficiário da fraude continua foragido.
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