A Polícia Federal (PF) investiga a rota do ouro ilegal no estado do Pará. Na segunda-feira, dia 29 de agosto, um homem tentou embarcar no Aeroporto Internacional de Belém, com destino ao Rio de Janeiro, com R$ 3,5 quilos de ouro em barra, avaliados em R$ 465 mil.
Esta não é a primeira vez que barras de ouro circula com passageiros no aeroporto da capital. Em abril, a Receita Federal também apreendeu 3,5 quilos de ouro que estavam escondidos dentro do banheiro do setor de desembarque.
No dia 29 de agosto, em Ipixuna do Pará, no nordeste do estado, um homem foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando ilegalmente R$ 6 quilos, avaliados e R$ 816 mil.
Segundo a Polícia Federal o Pará está em duas rotas do ouro. A primeira é internacional. O dinheiro que se ganha ilegal nos garimpos de Suriname e Guiana Francesa entram no Brasil por Belém.
A segunda rota começa nos garimpos do sul do Pará, onde o ouro também é extraído ilegalmente e transportado para o Mato Grosso e Tocantins. Nesses estados, as pedras de ouro são transformadas em barra, e revendidas para comerciantes de São Paulo, que negociam o minério com joalherias de todo o país.
"Existe aquele comércio ilegal e que se torna legal, que é uma empresa que já possui autorização para beneficiar o ouro só que ela beneficia muito mais ouro do que ela declara. Vamos dizer que ela esquenta, que ela lava o ouro, para poder legalizar e chegar, assim, ao mercado do sul e sudeste do Brasil ", explica o delegado da Polícia Federal Uálame Machado.
Os investigadores consideram a extração ilegal do ouro como um das atividades mais danosas porque envolve uma série de crimes: Crime contra o patrimônio, porque o minério é um bem da União; crime de sonegação de impostos, crime ambiental, porque provoca desmatamento e poluição dos rios; e tem também as consequências sociais, geralmente o garimpo atrai prostituição infantil, tráfico de drogas e violência.
A Polícia Federal diz que realiza constantes operações de combate ao garimpo ilegal no Pará. Em julho, oito pessoas foram presas por exploração de outro na terra indígena Kayapó, no sul do estado.
“Nós contamos muito com a ajuda do IBAMA, do DNPM, órgão que regulamenta e autoriza as extrações, os órgãos ambientais estaduais e municipais, as polícias estaduais, e toda e qualquer ajuda que possa auxiliar no trabalho da polícia de combate a essa atividade ilegal”, concluiu o Uálame Machado.
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