Vitima foi assassinada dentro do veiculo da instituição
Jurados do 2º. Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alve Flexa, condenaram o policial federal Pedro Alexandre Sousa Gonçalves, 58 anos por homicídio qualificado praticado contra Reginaldo Correa, 35 anos, engenheiro químico. A pena aplicada ao réu de 32 anos de reclusão será cumprida em regime inicial fechado. Ao final da sessão de júri, o juiz decretou a prisão de imediato do condenado para se iniciar o cumprimento da pena.
O promotor de justiça Edson Souza em conjunto com o advogado Henrique Sauma, contratado pela família da vítima, sustentaram a acusação contra o réu de ter cometido crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Os advogados de defesa do réu Carlos Pimentel e Israel Coelho Souza sustentaram as teses de legitima defesa com excesso culposo e de homicídio privilegiado, que foram rejeitadas por maioria dos votos pelos jurados.
A sessão do júri iniciou por volta das 8h da manhã desta quarta-feira, no plenário do júri do Fórum Criminal de Belém, sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa. Cinco testemunhas no total foram ouvidas, entre elas três arroladas pelo promotoria.
Testemunha presencial do crime, Marleni Matos Gonçalves, atualmente com 40 anos, foi a primeira a depor e negou que tivesse qualquer relacionamento com a vítima. A mulher do policial, que inicialmente alegava que fora forçada pelo marido (que o ameaçou com a arma na cabeça) a telefonar e marcar o encontro com a vítima, disse hoje que telefonou de livre e espontânea vontade. Ela disse que o objetivo seria conversar com a vítima para que ele parasse de ficar espalhando no bairro que estava mantendo relações afetivas com a mulher. Além dela, outras quatro pessoas prestaram depoimentos, mas nenhuma delas presenciou o crime ou ouviu os disparos que atingiram a vítima.
Em interrogatório, o réu inicialmente negou ser autor do crime, e alegou que a vítima teria tentado pegar a arma do então policial, uma pistola de uso exclusivo do órgão. Ele afirmou ainda que o encontro seria apenas para conversar, no entanto, a vítima se exaltou e passou a cxingá-lo, atingindo a sua moral, afirmando que estava se relacionando com sua mulher. Declarou ainda, Declarou também que, na ocasião, a vítima teria visto sua pistola (do policial), apoderando-se da arma e feito disparos que atingiram vidro e banco do carro.
O crime
O crime foi cometido por volta das 17h do dia 19/10/2012, no interior de uma caminhonete descaracterizada da Policia Federal, na Travessa Barão de Igarapé MIri, Bairro Guama, em Belém. A mulher do policial, Marleni Gonçalves foi também denunciada por participação no crime, mas acabou sendo impronunciada.
Conforme foi apurado na policia a mulher telefonou para vítima e marcou um encontro atraindo-o até o veículo onde o marido aguardava. A vítima entrou na caminhonete ao ver que a mulher estava no interior e pouco tempo depois houve os disparos contra a vítima na frente da mulher.
O ex-policial após os disparos, ao dar partida no veículo, invadiu uma calçada com o carro desgovernado e furou o pneu. O ex-policial deixou a mulher sair do carro e foi até uma oficina para trocar o pneu e em seguida sair em direção a saída da cidade. Ao chegar em Benevides, cidade próxima de Belém, o policial teria se livrado do corpo da vítima num terreno baldio e retornado para sua casa. O corpo da vítima foi encontrado um dia depois de desaparecido.
Pedro Alexandre foi exonerado do quadro de agentes da Policial Federal no último dia 05/05/2016, onde contava 26 anos e meio de serviço prestado ao órgão, como agente Casse Especial.
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