O LIBERAL, QUINTA FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2012

Com a decisão, Suely Resende voltará a constar na lista dos políticos inelegíveis.

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O desembargador Roberto Moura, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, TJE-PA, acatou na tarde de ontem um Agravo de Instrumento impetrado pela Procuradoria do Estado e cassou a liminar concedida pelo juiz Marco Antônio Lobo, que permitiu a concessão do registro de candidatura a vereadora para Suely Resende, ex-prefeita do município de Ulianópolis, no sudeste do Pará.  Em junho deste ano, o Tribunal de Contas do Estado, TCE, reprovou as contas da ex-gestora em quatro processos, sendo que a Corte mandou colocar o nome da mesma na lista dos políticos inelegíveis, com base na Lei Ficha Limpa. Depois que foi condenada pelo colegiado, a defesa de Suely Resende recorreu da decisão, obtendo uma liminar concedida pelo juiz da capital, Marco Antonio Lobo.

Como não cabe recurso na decisão do desembargador, o nome de Suely Resende voltará a constar na lista de inelegíveis e consequentemente a mesma não poderá concorrer ao cargo de vereadora.  Em junho deste ano, Suely foi denunciada por praticar propaganda extemporânea, tendo espalhado vários outdoors pelos bairros da cidade, fazendo alusão ao seu aniversário. A ex-gestora também está sendo investigada em 3 Ações de Investigação Judicial Eleitoral em tramitação na 84ª Zona Eleitoral, acusada de se apropriar de um telefone da prefeitura, doar terrenos em troca de votos e de se beneficiar do uso de um palco que foi aprendido pelo Ministério Público dentro do pátio da prefeitura de Ulianópolis. Além disso, na manhã de hoje o Tribunal de Contas dos Municípios irá analisar as contas da ex-prefeita, no período referente ao primeiro mandato de Suely.

A ex-prefeita é esposa do fazendeiro Davi Resende Soares, que está tentando obter registro de candidatura junto ao TRE para concorrer ao cargo de prefeito do município. O pecuarista, que está sendo investigado por falsificação de títulos de terra em Altamira, também aguarda julgamento como mandante do homicídio de um marceneiro, crime ocorrido em dezembro de 2004, no centro da cidade de Ulianópolis. Também foram pronunciados como mandante do crime a vereadora Marta Resende, irmã do pecuarista e o filho do mesmo, Lindomar Resende Soares. Todos os acusados tiveram prisão preventiva decretada pela justiça do Pará e hoje aguardam, em liberdade, o julgamento de recurso em instância superior.