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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SERVIDORES MUNICIPAIS DE MARABÁ ENTRAM EM GREVE POR ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS



Funcionários cobram cinco meses de salário e pagamento imediato do Vale Alimentação.

Servidores de mais de dez secretarias municipais de Marabá, entre elas Educação e Saúde, entraram em greve hoje na manhã de ontem, por tempo indeterminado. A motivação principal é o atraso de cinco meses do pagamento do vale alimentação, que tem valor único para todos os servidores: R$ 155,00. A deliberação pelo movimento grevista aconteceu no final de terça-feira, 11, em uma assembleia geral ocorrida na Câmara Municipal de Marabá. Líderes de três sindicatos: Sintepp (educação), Sintesp (saúde) e Servimmar ((dos servidores municipais) participaram da reunião. Além da greve, Wendel Lima, coordenador do Sintepp em Marabá, deverá ingressar na manhã de hoje com um pedido de cassação do mandato do prefeito municipal, Maurino Magalhães, sendo que os vereadores prometeram colocar a petição em votação na sessão da próxima terça-feira, dia 18. Serão necessários nove dos 13 votos existentes para instalar uma Comissão Processante. “Temos de agir com celeridade para votar essa cassação antes da eleição do dia 7 de outubro”, disse a vereadora Vanda Américo (PSD).

Os servidores municipais estão concentrados em frente ao prédio administrativo da Prefeitura, na Folha 32, onde pretendem fechar o “coração financeiro” da máquina administrativa municipal, a Secretaria de Gestão Fazendária, responsável pela arrecadação dos tributos. Mais de 30 escolas e oito centros de saúde amanheceram fechados nesta quarta-feira, 12, sendo que em alguns prédios foram colocadas faixas anunciando a greve. O presidente do Servimmar, Edmilson Rodrigues, disse que a Prefeitura havia prometido pagar o vale alimentação atrasado no final do mês de agosto, o que não aconteceu. “A greve foi necessária para que possamos forçar o pagamento imediato de um direito que é nosso”, advertiu. Os médicos que atuam nos hospitais e centros de saúde também ameaçam uma paralisação das atividades.

Na manhã de hoje, eles terão uma reunião no Ministério Público, juntamente com representantes da Prefeitura, para discutir o grave problema de falta de insumos nas unidades de saúde, que vem se arrastando há mais de um ano. Na noite de hoje, os médicos farão uma assembleia geral para discutir se vão aderir ao movimento grevista.

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