PRESO EM GOIÁS ENVOLVIDO NO ASSASSINATO DO DELEGADO ANDRÉ ALBUQUERQUE

Em 2006 o delegado André Albuquerque pediu a prisão de Davi Resende, Marta Resende e Lindomar Resende acusados de serem os mandantes do  assassinato de Silvério Lourencine Deprá, em Ulianópolis.

A Polícia Civil do Pará prendeu, em Goiânia, capital de Goiás, nesta quarta-feira, 5, Vailton Pereira Evangelista, 27 anos, indiciado por envolvimento no assassinato do delegado André Albuquerque, em Parauapebas, sudeste do Pará. A prisão do acusado foi realizada pela equipe policial coordenada pelo delegado Lúcio Flávio Filho, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), da Polícia Civil em Redenção, órgão vinculado ao Núcleo de Inteligência Policial (NIP). Vailton Evangelista foi preso, por volta de 07:30, pela equipe policial paraense. Ele foi abordado pela equipe da Polícia Civil do Pará no momento em que saía de sua residência em via pública. O preso deverá ser transferido para o Estado do Pará, após autorização do Poder Judiciário do Estado de Goiás. O preso permanece recolhido na capital goiana. Ainda não há data prevista para o recambiamento ao Pará. O assassinato do delegado foi em 3 de outubro de 2010, por volta de 20:30, em uma área de invasão, em Parauapebas.

Na época, o delegado, que era diretor da Seccional Urbana local, foi à área, juntamente com quatro investigadores, para efetuar as prisões de criminosos que estavam escondidos em uma casa. No imóvel, estavam Joel Bispo de Sousa, 31, de apelido “Índio"; Ronaldo Rodrigues Lopes, 23, alcunhado de “Rodrigo”, ambos fugitivos do Centro de Recuperação Agrícola "Mariano Antunes" (CRAMA), de Marabá; Roni Moura Eleotério, 27, de apelido "Baby Dool", e Vailton Pereira Evangelista. A equipe policial, ao chegar à residência, foi surpreendida a tiros pelos criminosos. Os bandidos fizeram uma série de disparos em direção aos policiais civis que revidaram. Na troca de tiros, o delegado André Albuquerque foi atingido por dois disparos de arma de fogo - no braço e peito - feitos por Joel Bispo de Sousa. Com os tiros, o delegado morreu no local. Durante as investigações, foi confirmada a autoria do crime e identificados os envolvidos.

Assim, foi feita a representação pela decretação das prisões preventivas de todos os bandidos ao Poder Judiciário da Comarca de Parauapebas. Os levantamentos iniciais mostraram que os criminosos fugiram da cidade para outros Estados. Para localizar cada um, a Polícia Civil deu início à uma longa operação policial. Inicialmente, foi localizado e preso Joel Bispo de Sousa, na cidade de Açailândia, interior do Estado do Maranhão, em 2011. A captura foi resultado de trabalho policial conjunto das Polícias Civil do Pará e do Maranhão. Ainda, em 2011, foi preso o segundo envolvido na morte do delegado. Roni Moura Eleotério estava escondido na cidade de Araguaína, no Estado de Tocantins. A prisão dele também foi resultado de uma operação conjunta das Polícias Civil do Pará e do Maranhão. O delegado Lúcio Flávio explica que a localização dos três criminosos responsáveis pelo assassinato do delegado André Albuquerque se deu após investigação policial coordenada pelo Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil do Pará, sob coordenação do delegado Cláudio Galeno de Miranda Soares Filho.

As investigações contaram com o deslocamento de policiais do Pará para os Estados do Maranhão, de Tocantins e de Goiás, para realizar levantamentos que possibilitaram a localização dos indiciados. "A periculosidade e articulação da quadrilha ficou demonstrada pela facilidade com que os mesmos saíram do Estado do Pará, após o assassinato, ramificando-se em vários outros Estados da Federação", salientou o delegado Lúcio Flávio. Para ele, tal fato não foi empecilho para a execução das prisões dos criminosos graças à seriedade do trabalho realizado pela equipe policial. 

O delegado Cláudio Galeno destacou que “os criminosos devem ficar cientes de que a Polícia Civil do Pará atua intensamente no embate ao crime, bem como a fuga deles a outros Estados não é nem será obstáculo para a aplicação da lei”. As investigações continuam para localizar e prender o último integrante da quadrilha, de nome Ronaldo Rodrigues Lopes, de apelido "Rodrigo". A Polícia Civil solicita à população que, se souber do paradeiro do foragido, deve telefonar para o número 181, o Disque-Denúncia. A ligação é gratuita e totalmente sigilosa. A operação policial atendeu à determinação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará e da Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado.