DESEMBARGADOR JULGA HOJE AGRAVO CONTRA LIMINAR QUE CONCEDEU REGISTRO A SUELY RESENDE

Já está na mesa do Desembargador Roberto Moura, do TJE do Pará, o Agravo de Instrumento protocolado pelo Procurador do Estado, Rogério Arthur Friza Chaves, que visa cassar a liminar concedida pelo juiz Marco Antonio Lobo que determinou a retirada do nome da ex-prefeita de Ulianópolis, Suely Resende, da lista dos políticos inelegíveis (fichas sujas). 

Recentemente, a ex-gestora, que tenta uma vaga na Câmara de Vereadores de Ulianópolis, teve 4 contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Estado, TCE. Como foi julgada por um colegiado, Suely passou a constar na lista dos inelegíveis, tendo obtido o registro graças a liminar concedida pelo juiz da capital. 

Hoje, caso o desembargador receba o Agravo de Instrumento, Suely Xavier voltará a lista dos inelegíveis, sendo automaticamente cancelado o seu registro de candidatura. 
 
Ex-gestora terá contas julgadas na quinta-feira, 13, pelo Tribunal de Contas dos Municípios
 

Caso escape da caneta do desembargador Roberto Moura, Suely Xavier ainda terá que enfrentar outra pedreira, uma vez que na quinta-feira, 13, o Tribunal de Contas dos Municípios, TCM, irá julgar as contas da mesma  no exercício de 2001. Foi exatamente nesta época que o marido de Suely, o pecuarista Davi Resende passou a alugar imóveis para a prefeitura, levando a mesma a incorrer no crime de improbidade administrativa. 

O próprio Davi Resende (que continua sem registro de candidatura), confessou a justiça eleitoral que comprou os imóveis para alugar para a municipalidade. Este é um dos fatores que deverão pesar na decisão da corte ao julgar as contas de Suely Resende.

Candidata também é investigada em três ações eleitorais

Além dos problemas com o TCM e o TCE, Suely Resende ainda aguarda a sentença de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral onde a mesma é acusada de se apropriar de um telefone da prefeitura e de se beneficiar politicamente da doação de terrenos no loteamento “Davinópolis”, área que teria sido doada por Davi Resende , (o terreno pertenceria a União), para a prefeitura de Ulianópolis.  

A ação mais grave, no entanto, que pede a cassação do registro de Suely e de toda a coligação “Unidos Pela Vontade do Povo”, foi protocolada pelo Ministério Público do Pará, que apreendeu um palco utilizado em um comício dos Resendes dentro do pátio da prefeitura de Ulianópolis.

O flagrante é rotulado como “Batom na cueca”, ou seja, de difícil defesa, uma vez que a apreensão do palco dentro de um prédio público não deixa dúvidas da relação estreita entre o prefeito Jonas Santos e a família Resende, caracterizando o crime de abuso de poder político e econômico.

Aliás, neste caso, surgiram novidades esta semana que comprometen mais ainda a coligação oficial da prefeitura. Aguardem.