Município de
Medicilândia é um dos maiores produtores de cacau do Estado.
O Pará
deverá produzir em torno de 86 mil toneladas de cacau em 2012, segundo
estimativa da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A
informação foi divulgada nesta quarta-feira (5), durante a reunião do conselho
gestor do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura no Pará (Funcacau),
presidido pelo secretário estadual de Agricultura, Hildegardo Nunes. O Município de Medicilândia é um dos
maiores produtores de cacau do Estado. Ano passado, a produção de 70 mil toneladas fez
circular uma renda de R$ 400 milhões, nos 45 municípios produtores atendidos
pela Ceplac, e gerou R$ 48 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadoria e
Serviços (ICMS), informou o chefe do setor de Programas e Projetos da Ceplac,
Luís Pinto.
Neste
ano, uma área de 128 mil hectares é cultivada por 15 mil produtores, 79% deles
agricultores familiares. A lavoura cacaueira gera 40 mil empregos diretos e 120
mil indiretos no Estado. Na reunião do Funcacau foi
discutida a participação do Pará no Salão do Chocolate, que será de 31 de
outubro a 4 de novembro, em Paris, na França. Uma delegação de doze produtores
e representantes de instituições públicas levará amostras de amêndoas secas de
cacau e produtos industrializados para degustação. A intenção do governo é
mostrar a alta qualidade do cacau produzido no Estado, que permite concorrer
com os melhores produtos ofertados no mercado mundial.
Hildegardo
Nunes destacou a importância da participação do Pará no evento, em que estarão
as maiores empresas que compram 70% do cacau produzido no mundo. “Nossa
participação não será apenas representativa. Vamos mostrar que o cacau paraense
é um dos melhores do mundo e garantir negócios com as grandes indústrias de
chocolate”, informou o secretário. Um farto material, como filmes, folderes,
banners e cartilhas, será produzido em português, francês e inglês para
divulgar o Programa Estadual do Cacau no Salão do Chocolate, em Paris.
O projeto
de produção de seringueira consorciada com bananeira e cacaueiro também foi
apresentado na reunião do Funcacau, como alternativa de recomposição da
cobertura florestal no Estado. A ideia é aproveitar áreas de antigos seringais
no Sul e Sudeste do Pará para o plantio de seringueiras solteiras e na região
da Transamazônica, que tem um solo de alta produtividade, consorciar com cacau
e banana, no sistema agroflorestal. O projeto inclui ainda o manejo de
seringais nativos.
Até 2015,
serão distribuídas 200 mil mudas para agricultores familiares, num investimento
de R$ 600 mil. A meta é chegar a 7,5 milhões de seringueiras plantadas até
2031, produzindo 17,5 milhões toneladas de borracha seca. O projeto faz parte
do Programa de Desenvolvimento da Borracha Natural no Pará, elaborado pela
Sagri, Ceplac, Embrapa e Faepa, com o objetivo de contribuir para a
autossuficiência da produção de borracha no Brasil, que hoje ocupa a décima
posição no ranking mundial, com 104 mil toneladas. O programa será tema do
seminário sobre heveicultura que vai acontecer no dia 13, na Federação da
Agricultura do Estado do Pará (Faepa), promovido pela Sagri.
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