Manifestantes exigem
uma reunião com a diretoria da Eletrobrás.
Cerca de
50 manifestantes ligados ao Movimento dos Expropriados da Usina Hidrelétrica de
Tucuruí à Jusante e Montante, acamparam ontem em frente ao Centro Administração
de Vilas para forçar uma nova rodada de negociações com a diretoria da Eletrobrás
Eletronorte. A manifestação é uma represália contra a estatal que não enviou
representante na última reunião ocorrida na última quarta-feira, 29. Esta é a
segunda manifestação em menos de uma semana, já que os expropriados fecharam a
rodovia BR-422 na segunda-feira, 27, para tentar forçar nova reunião com
representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, SEMA, Eletrobrás
Eletronorte e Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura, SEPAq.
Representantes
da Associação das Populações Organizadas Vítimas das Obras no Rio Tocantins e
Adjacências, Apovo, cobram o cumprimento de uma extensa pauta de reivindicações
levantada pelo Movimento, com cerca de 43 itens. Em todo o Brasil, a Apovo estima que 1,3
milhão de pessoas tenham sido prejudicadas pela construção de barragens e
hidrelétricas nos últimos 30 anos e só em Tucuruí, cerca de 8 mil pessoas ainda
esperam as compensações provenientes da construção da UHE Tucuruí.
As
lideranças cobram, dentre outras, a continuidade do programa Cheque Moradia que
atende cerca 7 mil famílias nos municípios de Tucuruí, Breu Branco e Baião.
Eles denunciam ainda o descaso e abandono da Gestão Estadual do Mosaico do Lago
de Tucuruí e o desvio de dinheiro público que inviabilizou as atividades
pesqueiras na região do lago atingindo sete municípios que compõem a área de
proteção gerenciada pela Eletronorte.
Representantes
da Eletrobrás Eletronorte, João Carlos Smielevski, gerente administrativo,
informou que a Empresa receberá os representantes do movimento em uma reunião
com diretores que acontece hoje às 16h, no prédio da administração de Vilas, em
Tucuruí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário