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segunda-feira, 8 de abril de 2013

SINDICATO DOS PRODUTORES DE PARAGOMINAS INVESTE NA PECUÁRIA SUSTENTÁVEL


Uma das fazendas alcançou a média 3,17 unidades animal/hectare, que representa mais que o quádruplo da realidade brasileira e da produtividade no Pará.

O projeto de pecuária sustentável criado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP) - o Pecuária Verde - divulga nesta semana alguns resultados do primeiro ano dos trabalhos de intensificação.

Com as técnicas de manejo das pastagens e manejo racional do gado, a maior média já alcançada em uma das fazendas, apenas no primeiro ano, foi de 38,11 arrobas/hectare (@/ha), que significa uma produção 1.143 quilogramas de peso vivo por hectare (PV/ha) - o peso vivo de um bovino é o total pesado em balança, que representa o peso total do animal vivo.
Nesse mesmo período também se alcançou uma lotação de pasto - quantidade de bovino por área - de 3,17 unidades animal/hectare, que representa mais que o quádruplo da realidade brasileira e da produtividade no Pará.  “Após o acordo assinado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os resultados do projeto representam mais um ganho para a pecuária sustentável em 2013”, afirma o diretor executivo do projeto Mauro Costa.
Os levantamentos feitos pela equipe da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) mostraram que a pecuária convencional produz aproximadamente 7 arrobas por hectare ao ano, representando 210 quilogramas de PV/ha. “Se esse valor for agregado à produção das áreas piloto, que corresponderam, em média, a 10% da área total das propriedades, a produtividade média das fazendas ultrapassa 8 arrobas por hectare ao ano, ou seja, 240 quilogramas de PV/ha, representando aumento de 20% na produtividade da fazenda como um todo”, destaca Moacyr Corsi, pesquisador da Esalq/USP.
O foco da pecuária sustentável na Amazônia hoje é o manejo baseado na intensificação das pastagens e nos trabalhos associados ao manejo racional e bem estar dos animais das fazendas. Quanto às pastagens, Corsi afirma que as falhas no cuidado do solo fazem com que o produtor aproveite somente 35% do potencial produtivo do capim.

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