O juízo
da 1 Vara do Tribunal do Júri da Capital, mandou libertar esta semana o fazendeiro
Marlon Lopes Pidde, acusado de comandar uma
chacina na Fazenda Princesa, no município de Marabá, em setembro de 1985, onde
seis trabalhadores rurais foram torturados e posteriormente assassinados. O
julgamento de Marlon Pidde foi marcado para o dia 08 de maio de 2014, quase 29
anos depois da chacina.
Após a
chacina, o fazendeiro passou 20 anos foragido da Justiça. No entanto, a Polícia
Federal efetuou a prisão do mesmo no ano de 2006. Ele estava escondido na
cidade de São Paulo e usava nome falso para dificultar sua localização. A
prisão preventiva de Marlon foi decretada logo após a chacina. Á época ele
residia em Goiânia, tendo sido visto na cidade por várias vezes, mas, a polícia
paraense nunca empreendeu esforços para prendê-lo.
Em agosto
de 2011, pouco mais de 5 anos após ter sido preso, Marlon Pidde foi solto, por
decisão do Supremo Tribunal Federal, que acatou a tese de excesso de prazo da
prisão, sustentado pela defesa. Em junho de 2007, os advogados da CPT e da SDDH
que atuam na assistência da acusação), em conjunto com o Ministério Público,
ingressaram com Pedido de Desaforamento do julgamento para a comarca de
Belém. No entanto, o processo permaneceu
4 anos e 6 meses aguardando julgamento do
Recurso Especial interposto pelos advogados de Marlon.
Em Julho
de 2006, o Fazendeiro Marlon Foi novamente preso, por ordem do Juiz da 1ª Vara
do Tribunal do Júri da Capital, quando tentava tirar seu passaporte na Polícia
Federal com o objetivo de se ausentar do Brasil. Em contato com a reportagem na tarde de ontem,
o advogado da Comissão Pastoral da Terra, José Batista Afonso, lamentou a
decisão da justiça paraense que colocou o fazendeiro em liberdade. No mesmo dia
em que o Juiz marca a data do julgamento do Fazendeiro, manda colocá-lo
novamente em liberdade. “Agora, beneficiado pela liberdade, mesmo que seja
condenado no julgamento que ocorrerá em maio de 2014, dificilmente será preso
novamente, pois, certamente, lhe será dado o direito de permanecer solto até
que todos os recursos da possível condenação sejam julgados”. Criticou o
advogado.
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