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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

TJE REVOGA PRISÃO DE MANDANTE DE CHACINA EM MARABÁ

Advogado da CPT, José Batista Afonso, lamentou a decisão do Tribunal paraense.

O juízo da 1 Vara do Tribunal do Júri da Capital, mandou libertar esta semana o   fazendeiro Marlon Lopes Pidde, acusado de comandar uma chacina na Fazenda Princesa, no município de Marabá, em setembro de 1985, onde seis trabalhadores rurais foram torturados e posteriormente assassinados. O julgamento de Marlon Pidde foi marcado para o dia 08 de maio de 2014, quase 29 anos depois da chacina.

Após a chacina, o fazendeiro passou 20 anos foragido da Justiça. No entanto, a Polícia Federal efetuou a prisão do mesmo no ano de 2006. Ele estava escondido na cidade de São Paulo e usava nome falso para dificultar sua localização. A prisão preventiva de Marlon foi decretada logo após a chacina. Á época ele residia em Goiânia, tendo sido visto na cidade por várias vezes, mas, a polícia paraense nunca empreendeu esforços para prendê-lo.

Em agosto de 2011, pouco mais de 5 anos após ter sido preso, Marlon Pidde foi solto, por decisão do Supremo Tribunal Federal, que acatou a tese de excesso de prazo da prisão, sustentado pela defesa. Em junho de 2007, os advogados da CPT e da SDDH que atuam na assistência da acusação), em conjunto com o Ministério Público, ingressaram com Pedido de Desaforamento do julgamento para a comarca de Belém.  No entanto, o processo permaneceu 4 anos e 6 meses aguardando julgamento do  Recurso Especial interposto pelos advogados de Marlon.

Em Julho de 2006, o Fazendeiro Marlon Foi novamente preso, por ordem do Juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, quando tentava tirar seu passaporte na Polícia Federal com o objetivo de se ausentar do Brasil.  Em contato com a reportagem na tarde de ontem, o advogado da Comissão Pastoral da Terra, José Batista Afonso, lamentou a decisão da justiça paraense que colocou o fazendeiro em liberdade. No mesmo dia em que o Juiz marca a data do julgamento do Fazendeiro, manda colocá-lo novamente em liberdade. “Agora, beneficiado pela liberdade, mesmo que seja condenado no julgamento que ocorrerá em maio de 2014, dificilmente será preso novamente, pois, certamente, lhe será dado o direito de permanecer solto até que todos os recursos da possível condenação sejam julgados”. Criticou o advogado.

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