O que tinha tudo para consagrar uma noite de congraçamento e esforços para unificação do partido, terminou de forma malancólica.
A solenidade de posse da nova presidente do Partido dos Trabalhadores em Marabá, Bernadete ten Caten, ocorrida num dos auditórios da Câmara Municipal, na noite desta terça-feira, transformou-se em algazarra e ameaças de ingresso na Justiça.
Os desentendimentos, por pouco, não cambaram para algum desforço físico.
Tudo começou a partir do discurso do vice-prefeito de Marabá, Luiz Carlos Pies, depois da cerimônia de posse da nova presidente do PT.
Luiz apresentou à Executiva municipal recém empossada moção pedindo apuração do que ele classifica “fraude”, na eleição para a presidência do Partido dos Trabalhadores, em Parauapebas.
Segundo avaliação do vice-prefeito, o PED na vizinha cidade foi marcado por “uma série de irregularidades”, sendo a principal, pesada acusação de que teria havido roubo na votação.
Bastou o esposo de Bernadete terminar seu discurso para o auditório quase ir abaixo.
Gritos por parte de membros das tendência AS e DS, além de militantes diversos, mudaram o rumo da solenidade preparada para dar as boas vindas à nova presidente da legenda.
Willianson do Brasil de Souza Lima, mais conhecido por “Zuza”, represente em Marabá da AS, mesma corrente que elegeu o novo presidente estadual, Milton Zimmer, pegou o microfone para classificar de “canalhice” o discurso de Luiz Carlos, exigindo que ele tivesse respeito com seus companheiros.
Muitos outros filiados da legenda apuparam Luiz Carlos.
O clima ficou mais tenso quando Bernadete ten Caten, ao receber a palavra de volta, depois da fala de seu esposo, anunciou que iria colocar em votação o pedido de moção de Luiz.
Aí a Câmara quase vai abaixo.
O clima foi de total esculhambação.
Os apoiadores da chapa estadual vencedora do PED impediram a votação, aos gritos e ameaças, fazendo com que a solenidade chegasse ao fim, fora do programado.
A turma ligada a Luiz Carlos, Bernadete e a Zé Geraldo, derrotado pelo deputado Milton Zimmer na disputa estadual, anunciava que o vice-prefeito deverá entrar na Justiça para tentar “obrigar a Executiva estadual a apurar a denúncia de fraude”.
Na eleição em Parauapebas, Milton obteve 714 votos, e Zé Geraldo 28.
O próprio Luiz Carlos revelou que se a Executiva Estadual não mandar investigar os supostos indícios de irregularidades no PED de Parauaapebas, o PT Pra Valer, corrente da qual ele é um dos dirigentes, não participará da formação da Executiva Estadual pelos próximos quatro anos.
O pedido de apuração das supostas denúncias de fraude em Parauapebas não foi acatado pela executiva estadual. Em Brasília, para onde a bronca foi levada semana passada, a Executiva Nacional também reconheceu o resultado da eleição em Parauapebas, negando o pedido feito pelo PT Pra Valer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário