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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

DEPUTADOS DISCUTEM CONFLITOS AGRÁRIOS NO JARI

Ponto central da audiência pública, proposta pelo deputado Airton Faleiro (PT) é atender as demandas de 153 comunidades rurais

s conflitos agrários na região do projeto Jari foram discutidos esta semana em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) a pedido do Ministério Público estadual e de 15 lideranças de trabalhadores rurais. As lideranças representam 153 comunidades rurais residentes no Distrito de Monte Dourado município de Almeirim, região do Baixo Amazonas distante 600 quilômetros da capital Belém.

O MPE participou do debate por meio da promotora Ione Missae da Silva Nakamura e dos técnicos da instituição Tarcísio Feitosa, Paulo Marcelo e Regane Rego do Grupo Técnico Interdisciplinar (GTI) do MP. “O que nós buscamos com essa audiência pública é abrir um diálogo de caráter permanente entre governo estadual e as lideranças dessas comunidades rurais para encaminharmos soluções e, sobretudo, garantir uma solução de modo pacífico” diz a promotora Nakamura da promotoria agrária de Santarém, oeste paraense. O ponto central da audiência pública, proposta pelo deputado Airton Faleiro (PT) é atender as demandas de 153 comunidades rurais no que dizem respeito aos conflitos agrários instalado na região desde a década de 70.

O MPE, por meio de sua promotoria agrária em Santarém questiona acompanha, fiscaliza e cobra a efetivação por parte dos órgãos competentes dos governos federal e estadual, o processo de regularização fundiária das áreas ocupadas pelos trabalhadores tanto no distrito de Monte Dourado como na sede do município de Almeirim. Dentre os encaminhamentos da audiência estão a criação de uma comissão em forma de Grupo de Trabalho (GT) agrário exclusivamente por membros da Alepa; Apoio do MPF para acompanhar o caso, Presença da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para atendimento na regularização fundiária nas áreas federais e a cobrança de Plano de Manejo por parte da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O relatório da instituição ministerial executado pela promotoria agrária de Santarém a partir de um diagnóstico feito nas áreas ocupadas aponta que na região conflagrada urge a necessidade de regularizar a questão fundiária nas comunidades residentes na região do Jari. Os conflitos agrários pela posse e usufruto das terras se estabeleceram desde a década de 70 colocando de um lado a empresa Jari Celulose que advoga a tese de que as terras lhes pertencem. E, do outro, as comunidades rurais formadas de trabalhadores rurais que cobram a titulação das terras.

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