Itaituba, a “cidade pepita”, uma das mais antigas do oeste paraense
completa hoje 157 anos de história. Tendo sua trajetória construida em torno
dos ciclos da borracha e do ouro, Itaituba é o décimo quinto
município mais populoso do estado e um dos principais centros econômicos do
oeste paraense , possuindo o décimo terceiro maior Produto Interno
Bruto (PIB) do Pará. Considerada pelo IBGE como centro sub-regional, terceiro na hierarquia de classificação de
centros urbanos caracterizado pela existência de atividades de gestão e de
influência sobre os municípios mais próximos, de médio porte (por possuir população entre 100.000 e 500.000
habitantes), a cidade de Itaituba encontra no setor de serviços o principal
motor de sua economia.
Responsável
por 71% de toda a riqueza produzida no município, o setor de serviços é um dos
10 maiores do estado do Pará. No período entre 2002 e 2007, o Produto Interno
Bruto da cidade de Itaituba apresentou um crescimento de 8,9%, o que coloca a
cidade na seleta lista de 106 municípios cujo crescimento médio do PIB no
período foi superior ao crescimento médio nacional.
Outros
destaques na economia de Itaituba são o setor industrial, a mineração, e o
agropecuário. Na indústria é marcante a produção de produtos baseados no
calcário (matéria-prima abundante no subsolo do município), sendo a cidade uma
das principais produtoras de cimento no País. No setor de mineração,
destacam-se as atividades de exploração de ouro no Vale do Tapajós. A instalação
de grandes conglomerados ligados à atividade de mineração fez com que, em 2008,
Itaituba fosse responsável por 1,1% de toda a riqueza produzida no setor no
Estado do Pará, figurando entre os 14 maiores PIB do setor. Por fim, no setor
agropecuário figuram as atividades de agricultura familiar e a pecuária de
pequeno porte. O destaque no setor é a Feira Agropecuária do município, o qual
movimenta milhões de reais em transações comerciais todos os anos no município,
sendo um dos maiores evento do gênero no Oeste do Pará.
O município de
Itaituba, entre meados da década de 1980 e início da década de 1990, tinha sua
economia fortemente baseada na extração do ouro no Vale do Tapajós, maior
região aurífera do oeste paraense. Nesse período, estima-se que tenham sido
exploradas da região mais de 500 toneladas de ouro. Em virtude do garimpo, o
Aeroporto de Itaituba teve um dos maiores movimentos em pousos e decolagens de
aeronaves no mundo. No entanto, observou também um crescimento desorganizado da
cidade, com um significativo aumento da pobreza em áreas periféricas, bem como
uma grande degradação ambiental causada pelo mercúrio. Com a decadência da
exploração do ouro (no início da década de 90), a cidade começou a ver surgir
empreendimentos ligados principalmente ao setor agropecuário e madeireiro.
Um dos grandes
entraves ao desenvolvimento econômico da região foi o abastecimento de energia,
que até fins dos anos 1990 representava um problema crônico para a cidade. Em
1998, a cidade de Itaituba passou a ser atendida pelo Projeto Tramoeste, o qual
que leva energia produzida na Hidrelétrica de Tucuruí para diversas cidades no
oeste paraense.
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