O empresário varejista Olívio Kuhen, compareceu esta semana na Secretaria
Estadual da Fazenda em Redenção, para denunciar um grande esquema de fraude
fiscal no município. “Redenção virou paraíso fiscal, já que a maioria não paga
os impostos devidos. Se eu tiver errado, podem vir me prender, mas quem tiver
envolvido nesse esquema vai junto”, afirmou Kuhen, relatando que os crimes de
sonegação está sendo praticado por vários donos de supermercado do município.
Revoltado com a prática ilegal, o empresário, que é dono do supermercado
Araguaia, resolveu fazer uma investigação por conta própria.
A motivação para a denúncia tem uma explicação simples: só no primeiro
semestre deste ano, Olívio pagou quase R$ 5 milhões em impostos, sendo que seus
concorrentes estavam adquirindo os mesmos produtos de forma ilegal. Na semana
passada, o empresário conseguiu interceptar uma carga, divididas em dois
caminhões, vindas da cidade de Anápolis, em Goiás, com destino à Redenção,
atravessando o Estado do Tocantins. “Eu fui avisado pelo telefone, que essas
cargas estavam em deslocamento pra cá, saindo de um galpão clandestino, onde a
carga foi ‘montada’. Foi só acionar a Polícia Militar e a Sefa e interceptá-las”.
Disse o empresário ressaltando que já levou o caso ao conhecimento do
Ministério Público, sendo que esta semana irá pedir providências a Polícia
Federal.
No momento da interceptação, na parte superior do caminhão estavam frutas
e verduras que são livres de imposto, mas por baixo estavam centenas de caixas de
cerveja em lata. “Esta mercadoria teria que pagar o imposto de cerca de 50% para
entrar no Estado”. Denuncia Kuhnen. Segundo o Coordenador Fazendário de
Redenção, Nivaldo Farias Brederode, que lavrou o flagrante, foi comprovado
também o envio de mercadorias destinadas a empresas fantasmas. Já sobre a
apreensão da mercadoria sem nota fiscal e o devido pagamento das taxas
tributárias, ficou de ser apurada a propriedade do carregamento, sendo que o
responsável terá o prazo de 90 dias para regularizar a situação, estando passível
de multa que ultrapassa a casa dos 200%.
Para Gilson Marques, fiscal da Receita Estadual, que participou da
apreensão, caminhões que apresentavam carga ilegal camuflada, conseguem entrar
no Estado por falta de pessoal na fiscalização. “Há fronteiras do estado que
nem barreiras da secretaria possuem”, criticou. Ainda segundo o denunciante,
esta ilegalidade estava sendo praticada há mais de dois anos.
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