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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

EMPRESÁRIO DENUNCIA FRAUDE FISCAL EM REDENÇÃO

Caminhões com carga ilegal camuflada conseguem entrar no Estado por falta de fiscalização

O empresário varejista Olívio Kuhen, compareceu esta semana na Secretaria Estadual da Fazenda em Redenção, para denunciar um grande esquema de fraude fiscal no município. “Redenção virou paraíso fiscal, já que a maioria não paga os impostos devidos. Se eu tiver errado, podem vir me prender, mas quem tiver envolvido nesse esquema vai junto”, afirmou Kuhen, relatando que os crimes de sonegação está sendo praticado por vários donos de supermercado do município. Revoltado com a prática ilegal, o empresário, que é dono do supermercado Araguaia, resolveu fazer uma investigação por conta própria.

A motivação para a denúncia tem uma explicação simples: só no primeiro semestre deste ano, Olívio pagou quase R$ 5 milhões em impostos, sendo que seus concorrentes estavam adquirindo os mesmos produtos de forma ilegal. Na semana passada, o empresário conseguiu interceptar uma carga, divididas em dois caminhões, vindas da cidade de Anápolis, em Goiás, com destino à Redenção, atravessando o Estado do Tocantins. “Eu fui avisado pelo telefone, que essas cargas estavam em deslocamento pra cá, saindo de um galpão clandestino, onde a carga foi ‘montada’. Foi só acionar a Polícia Militar e a Sefa e interceptá-las”. Disse o empresário ressaltando que já levou o caso ao conhecimento do Ministério Público, sendo que esta semana irá pedir providências a Polícia Federal.

No momento da interceptação, na parte superior do caminhão estavam frutas e verduras que são livres de imposto, mas por baixo estavam centenas de caixas de cerveja em lata. “Esta mercadoria teria que pagar o imposto de cerca de 50% para entrar no Estado”. Denuncia Kuhnen. Segundo o Coordenador Fazendário de Redenção, Nivaldo Farias Brederode, que lavrou o flagrante, foi comprovado também o envio de mercadorias destinadas a empresas fantasmas. Já sobre a apreensão da mercadoria sem nota fiscal e o devido pagamento das taxas tributárias, ficou de ser apurada a propriedade do carregamento, sendo que o responsável terá o prazo de 90 dias para regularizar a situação, estando passível de multa que ultrapassa a casa dos 200%.

Para Gilson Marques, fiscal da Receita Estadual, que participou da apreensão, caminhões que apresentavam carga ilegal camuflada, conseguem entrar no Estado por falta de pessoal na fiscalização. “Há fronteiras do estado que nem barreiras da secretaria possuem”, criticou. Ainda segundo o denunciante, esta ilegalidade estava sendo praticada há mais de dois anos.

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